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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, abril 07, 2012

A GRANDE MENTIRA. ASSISTA VÍDEO-JORNAL NACIONAL- Parece novela... da Globo

Um vídeo datado de 2002 e que está circulando na web, desmonta o chamado processo do mensalão, já que nitidamente se deduz que tudo não passou de uma armadilha para derrubar o Governo Lula.
São várias fraudes reveladas, pasmem os senhores, pelo Jornal Nacional da Rede Globo.
No vídeo, o Sub-procurador Geral da República, José Roberto Santoro, é interceptado num telefonema com Carlos Cachoeira, tentando de toda forma “convencê-lo” a entregar uma fita onde o próprio Cachoeira aparece com Valdomiro Diniz, negociando propina via LOTERJ, isso em 2002, bem antes de Lula ser eleito Presidente.
Na gravação, Santoro diz que sua iniciativa não seria aceita pelo Procurador Geral, que não ia gostar de vê-lo tentando derrubar o Governo do PT, através do ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu.
MENTIRAS E INVERDADES
Depois da Operação Monte Carlo da Polícia Federal que revelou as estreitas relações entre o Senador Demóstenes Torres e Carlos Cachoeira, começou a se desenhar com nitidez de traços os caminhos que levaram ao suposto esquema do Mensalão.
Fica clara a motivação: vingança. Na época o José Dirceu era uma pedra no caminho das ambições políticas no Executivo Federal da oposição e, portanto, deveria ser “derrubado” pela gang Cachoeira.
Todo um enredo criminoso foi montado para formar opinião geral de que o Zé Dirceu era o cabeça de um esquema de propina a Deputados Federais para aprovar matérias de interesse do Planalto, porém, além de depoimentos duvidosos, não foi produzida nenhuma prova contra o ex-ministro da Casa Civil, nenhuma interceptação telefônica (ainda que ilegal) em que Zé Dirceu aparecesse como um chefe de quadrilha. Não há nenhum bilhete, rabisco, papel amassado, gravação telefônica ou vídeo que flagrasse o ex-ministro entregando dinheiro a alguém ou negociando propina de qualquer natureza e ainda assim, ele foi acusado, denunciado, processado e cassado.
O julgamento do “mensalão” deve ocorrer nos próximos dias no Supremo e são várias as perguntas que não se pode calar:
1 – O que é mais forte? Um esquema criminoso que destrói vidas e carreiras públicas em nome do “negócio” ilícito, ou a soberania das instituições democráticas?
2 – Diante das últimas revelações, qual será a posição da Corte Suprema? Não há provas, apenas a palavra de Roberto Jefferson, justiça será feita?
3 – José Dirceu já sofreu um julgamento político e foi condenado à pena máxima, a cassação de seu mandato. Vamos assistir a outro julgamento político, ou o Supremo vestirá a toga da técnica jurídica para em definitivo fazer justiça?
Estas e outras perguntas em breve terão resposta. A sociedade brasileira espera que a verdade seja restabelecida. Estamos de olho.
 Lili Abreu
VÍDEO
PAINT -  RECORTES

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