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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, abril 10, 2012

Inscrições no PRONATEC Copa: Cursos técnicos gratuitos ligados ao turismo e de idiomas.

 

Em outra nota recente, a amiga leitora Leilane perguntou como poderia participar dos cursos do PRONATEC COPA. Na época o Ministério do Turismo ainda não havia divulgado.

Agora as inscrições estão abertas pela internet, neste site, onde tem todas as instruções:

http://pronateccopa.turismo.gov.br/pronatec/hotsite/index.html

Mas quem estiver decidido de fato, não deve demorar, porque faltam poucos dias. Dia 25 já sairá a chamada para todos que forem selecionado, e os cursos começarão durante o mês de maio. Se perder agora, terá que aguardar o segundo semestre. Já tem quase 40 mil inscritos, segundo o Ministério do Turismo.


Depois que dispensaram a Fundação Roberto Marinho (*), e reformularam o programa, os cursos que estão sendo oferecidos para qualificação profissional e idiomas são sérios, feitos nos Institutos Federais de Educação Profissional ou no Serviço Nacional de Aprendizagem (SENAC).


Tem 32 cursos gratuitos de até 4 meses, voltados para quem tem 18 anos ou mais, com opções que atendem desde quem tem o ensino fundamental incompleto até o ensino médio completo, conforme o curso.

É legar espalhar para todo mundo conhecido. Afinal muita gente pode arranjar um emprego melhor tendo mais qualificação profissional e, no fundo, esse é um dos grandes objetivos da Copa no Brasil: deixar de legado o crescimento da indústria do turismo (uma das que mais geram empregos), do entretenimento e da cultura brasileira.

Bom... é claro que o objetivo da gente é também ganhar o hexa, né?

(*) Leia também:
- "Calote" da Fundação Roberto Marinho obriga Ministério do Turismo refazer cursos
*osamigosdopresidentelula

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