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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, abril 04, 2012

Merkel convida brasileiros a boicotarem Volkswagen, Continental, Osram, Bayer

 

A primeira-ministra alemã Angela Merkel, atacou com grosseria a presidenta Dilma pelas críticas feitas durante a visita à Alemanha:

"Essa senhora vem à Alemanha nos dizer o que temos que fazer? Ora, a Alemanha vai bem obrigado apesar de tudo. Mas eu vou aproveitar para dar um conselho a ela... antes de vir aqui reclamar das nossas políticas econômicas, por que ela não diminui os gastos do governo dela e diminui os juros que são exorbitantes no Brasil? Se eu posso emprestar dinheiro a juros baixos e o meu povo pode ganhar juros absurdos lá no país dela, não vou ser eu que direi ao meu povo para não fazer isso. Ela que torne a especulação no país dela menos atraente", disse Merkel em entrevista à revista Manager-Magazin.

A crítica de Dima não é quanto aos juros da Alemanha, e sim pelo Banco Central de lá imprimir dinheiro sem lastro, só para desvalorizar a moeda e tornar as exportações alemãs mais competitivas, de forma trapaceira e desleal. Além disso, a Alemanha não está apoiando medidas anti-cíclicas pra aumentar o consumo interno na Europa de forma a debelar a crise, e sem o apoio a esse consumo, o dinheiro impresso sem lastro vai para a especulação.

Diante da hostilidade do governo alemão, tanto econômica, como diplomática, só resta aos brasileiros boicotarem seus produtos. Pior para as empresas alemãs como Volkswagen, Continental, Osram, Bayer, Mercedes, Siemens, etc.
Que tal mandar um recado para estas empresas?
Bayer: bayer.comunicacao@bayer.com
Osram (e-mail): sac@osram.com
Volkswagen: http://www.vw.com.br/pt/fale_conosco.html
*osamigosdopresidentelula

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