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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, abril 19, 2012

Secretário de Alckmin diz que problemas no trem e no metrô são normais. (E diz que a culpa dos transtornos é dos trabalhadores)


Secretário de Alckmin diz que problemas no trem e no metrô são normais
Tudo na santa paz: Jurandir Fernandes considera "barbaridade" falar sobre panes no trem e no metrô, como na estação Barra Funda, sempre vazia (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)
O secretário estadual de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, minimizou durante reunião hoje (18) na Assembleia Legislativa as frequentes panes nas linhas de trens metropolitanos e do metrô da capital paulista. “É uma barbaridade dizer que há colapso, seja no trem ou no metrô”, afirmou a deputados que o convocaram para saber sobre recentes acidentes na malha.
“Os defeitos estão dentro do quadro estatístico. Não está havendo nenhuma situação de perda de controle”, acrescentou. Questionado sobre os acidentes ocorridos nas linhas 7 e 9 (em fevereiro) e 8 (janeiro) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que resultaram em revolta da população, o secretário atribuiu a impressão de que há muitas panes na rede metro-ferroviária de São Paulo à facilidade de comunicação dos usuários e equívocos em classificar um defeito como pane. “A interação dos usuários hoje com os meios de comunicação faz com que todos saibam de tudo”.
O secretário admitiu que ao longo dos primeiros cem dias do ano, a CPTM sofreu 14 problemas e se continuar nesse ritmo pode chegar a 50. Em 2011, o sistema apresentou 42 problemas e em 2010, 49. “Se estivesse em colapso população não estaria aderindo cada vez mais”, analisou Fernandes.
Ele também justificou investimentos menores no ano passado, por ter se tratado “do primeiro ano” de um novo governo. Mas citou aumento do valor destinado ao sistema ferroviário em relação aos governos anteriores. “Foram cinco vezes mais se pegarmos 2003”, disse.
A comparação de investimentos entre governos do mesmo partido e em alguns casos do mesmo governador foi contestada pelo deputado estadual Gerson Bittencourt (PT). “O senhor faz comparações relativas ao mesmo partido que comandou o estado”, indagou.
Segundo Fernandes, o estado poderia ter feito mais, mas as linhas 2-verde e 6-laranja ficaram paradas devido à demora nas licenças ambientais. “Apanhamos. Houve muito tempo transcorrido em licenças ambientais”. Denúncias de fraudes na licitação da linha 5-Lilás também paralisaram a expansão da rede metro-ferroviária. “Três obras inteiras com problemas. Passamos o ano parado”, argumentou.
Para o secretário, os investimentos no sistema têm sido suficientes, o treinamento da equipe "está muito bom", mas é preciso modernizar os homens, uma vez que os trens já são novos. "Temos deficiências que é a comportamental. A questão de comportamento (dos trabalhadores) é dramático", descreveu.
Para Bittencourt, as justificativas do secretário foram “parcialmente satisfatórias” e as ações do governo “precisam ser mais ousadas e criativas”. “A região do ABC tem ônibus com idade média de 10 anos. Tem ônibus rodando com 17, 18 anos, em péssimas condições”, criticou. “São informações que precisam ser aprofundadas, a rede é boa, mas o planejamento deixa muito a desejar.”

A imagens abaixo são frutos da "deficiência comportamental " dos trabalhadores paulistas, segundo o secretário tukkkano.  E o pior é que a maioria desse povo votou e vai continuar votando nos tukkkanos. Falar o quê...






*Cappacete

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