O GOVERNO FHC, O SANTANDER E O HSBC
(HD)
- Entre outros legados de Fernando Henrique Cardoso, se encontra a
desnacionalização de alguns bancos, estatais e privados. Os casos mais
emblemáticos são o do Banco do Estado de São Paulo, o Banespa, e o do
Bamerindus, então controlado pelo Sr. José Eduardo de Andrade Vieira. O
banco estatal paulista foi vendido ao espanhol Santander por 7 bilhões
de dólares. A importância era muito inferior aos seus ativos reais.
A venda do Bamerindus, na calada da noite, ao HSBC, ainda
parece mais grave. O seu controlador fora ministro do governo Itamar
Franco e um dos principais financiadores da campanha de Fernando
Henrique à Presidência, de cujo governo também participou. Segundo se
informou, na época, o HSBC pagou um dólar pelos ativos bons do
Bamerindus, e o Banco Central assumiu os ativos duvidosos, ou seja, suas
dívidas e seus créditos junto ao mercado.
O Santander se transformou hoje no instrumento de
transferência de recursos brasileiros para a matriz espanhola.
Associado, ali, aos interesses do governo, hoje acossado pela mais grave
crise econômica e social do país das últimas décadas, o Santander
sobrevive com a forte participação da sucursal brasileira, responsável
por um quarto dos lucros obtidos em suas operações mundiais.
O HSBC foi denunciado, por um comitê do Senado
norte-americano, de associação criminosa com os narcotraficantes do
México e com fontes financiadoras dos militantes muçulmanos no Oriente
Médio. De acordo com a denúncia, que os controladores do banco atribuem à
negligência de seus executivos, o HSBC realiza a lavagem de
dinheiro dos cartéis mexicanos da droga, e serve de apoio a um banco da
Arábia Saudita ligado à Al Qaeda. É possível que esse mesmo envolvimento
seja descoberto na Colômbia, com os traficantes de cocaína, e no
Afeganistão, o maior produtor mundial da papoula, de onde se extrai o
ópio que, refinado, produz a heroína.
O HSBC ( Hong-Kong and Shangai Banking Corporation)
apesar do nome, é uma instituição britânica, fundada em 1865, em
Londres, que continua a ser sede. De todos os negócios feitos pelo
governo Fernando Henrique com bancos estrangeiros, este permanece o mais
misterioso. Segundo se sabe, ele foi concluído pelo então Ministro
Pedro Malan em viagem sigilosa a Londres, e fechado ali durante a
noite. Só então, depois de concluída, a negociação foi divulgada no
Brasil.
O novo escândalo se soma aos demais, e a cada dia cresce a
pressão da opinião pública mundial a fim de que os governos façam uma
devassa nos grandes bancos internacionais e imponham regras rigorosas
para o seu funcionamento. Um apelo neste sentido está sendo divulgado
pela internethttp://www.avaaz.org/po/bankers_behind_bars_f/?tfGaodb), e se espera que, nas próximas horas, ele atinja um milhão de assinaturas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário