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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 10, 2013

Celebramos la prohibición del uso de armas Taser a la Metropolitana de Buenos Aires


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El Premio Nobel de la Paz, Adolfo Pérez Esquivel, celebró que el poder judicial porteño impida el uso de las armas de descarga eléctrica “Taser” a la Policía Metropolitana de la Ciudad de Buenos Aires en conformidad con lo recomendado por el Comité contra la Tortura de las Naciones Unidas y Amnistía Internacional.
No es cierto que estas armas no sean letales. Ya ha quedado comprobado con cientos de muertes en Estados Unidos y otras partes del mundo, que las Taser torturan y matan. Lo que ocurrió es importante porque no se trata sólo de una discusión técnica. Es grave que el gobierno de Macri hable de una policía vecinal nueva, con una formación distinta centrada en valores democráticos y rechazando el abuso estatal de la última dictadura, si luego pretende que en la clases prácticas los mismos policías aprendan a electrocutar personas evitando matarlas. ¿Qué clase de nuevo modelo policial es ese?
En este sentido, el dirigente de derechos humanos, evaluó que la Policía Metropolitana es el más importante proyecto de policía municipal hasta el momento y está demostrando su fracaso. Lejos de la fuerza vecinal de proximidad ha incorporado casi 200 militares a sus filas a pesar de que lo prohíbe la ley de su creación, y la mayoría están en rangos operativos de calle. Hace unos meses más de 15.000 personas nos movilizamos a la Jefatura de Gobierno para exigir la renuncia del Ministro de Seguridad Guillermo Montenegro por haber reprimido salvajemente en el hospital Borda dejando pacientes, enfermeros, legisladores, periodistas  y militantes heridos. Por eso es bueno que ante tanta discrecionalidad el Poder Judicial comience a ponerle estos límites.
Y para finalizar agregó “además de la Ciudad de Buenos Aires, estas armas también deberían prohibirse en las provincias del país en las que ahora se están utilizando”.
Adolfo Pérez Esquivel
*comtextolivre

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