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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 03, 2013

Opus Dei se sustenta em São Paulo

Via Diário Liberdade


Laerte Braga

A história do metrô em São Paulo bate de longe qualquer esquema de corrupção no País e todos os governadores desde Mário Covas estão implicados no cartel de empresas que realizou a obra, administra a obra e pagou 30% mais caro pelos trens em circulação.


Não há denúncia propriamente dita, mas confissão de uma das empresas, a SIEMENS.

O fato repercutiu na imprensa internacional, mas no Brasil, compradas, pois venais, os órgãos da chamada grande mídia silenciam sobre o assunto que pode afetar as candidatura tucana à presidência da República nas eleições do ano de 2014, principalmente se aliada, aí sim, às denúncias feitas pelo jornalista Amaury Ribeiro, no livro A PRIVATARIA TUCANA, que trata do processo de privatização de estatais no governo FHC – também tucano – onde não foram poucos os que enriqueceram.

Só para lembrar como funcionam esses esquemas, quando saiu do governo de Fernando Henrique, Pedro Malan, o todo poderoso funcionário do Departamento do Tesouro dos EUA e alocado no Ministério da Fazenda do Brasil, virou executivo de Eike Batista. Eike teria se transformado de um dos homens mais ricos do mundo, num mero milionário. Na verdade, por trás de tudo isso existe um grande golpe para a entrega de setores estratégicos da economia a empresas estrangeiras.

Eike Batista não fala e anda ao mesmo tempo, é apenas herdeiro e todo o processo foi conduzido por Pedro Malan. E ainda por cima tem pânico de incêndio. Na prática só deu trabalho a Malan quando sacou cinco milhões de dólares para pagar por uma noite com Madona. Sacou nas empresas e não de seu dinheiro pessoal que continua intacto e o mantém bilionário, a ele e ao ex-ministro da Fazenda de FHC.

O processo para a construção do metrô de São Paulo funcionou aparentemente dentro da lei, é lógico, a OPUS DEI começa o dia invocando proteção para os "negócios". Pré qualificação das empresas aptas a realizar uma obra dessa envergadura, em seguida qualificação com licitação para a escolha da ou das empresas e a obra. O governo de Mário Covas deu aval, diante das dificuldades e do risco de liminares na Justiça em torno da licitação, para que se formasse um cartel das empresas qualificadas e isso foi feito, sendo a obra dividida em partes. Cada empresa qualificada construiria uma das etapas do metrô de São Paulo.

Segundo um diretor da SIEMENS, confissão pública, os cartéis permitem às empresas subir o preço e logico, isso implica em pagar propina.

No meio do caminho houve um desentendimento com a SIEMENS, mas mesmo assim a parte que lhe coube nesse latifúndio foi construída. Os custos mais altos e os seguidos governadores tucanos devidamente "propinados". No caso, Geraldo Alckmin, José Serra e agora Geraldo Alckmin outra vez.

Vale dizer que os milhões de paulistanos que usam o metrô pagam o custo visível e um custo invisível até agora pelas passagens, no caso dos trens, 30% a mais do valor dos mesmos.

A capela do Palácio Bandeirantes ao invés de imagens de santos deve ter o símbolo de pelo menos dezoito empresas envolvidas na história, segundo a confissão pública da SIEMENS e as provas de envolvimento da ALSTON, que são antigas.

O que foi apurado até agora? Nada, o Ministério Público paulista trata o assunto como segredo fechado a sete chaves e mantém a população alheia ao que aconteceu. Não fosse a confissão dos executivos da SIEMENS e o assunto permaneceria trancado e não viria a público.

O escândalo do metrô em São Paulo é varias vezes o que chamam de "mensalão" que, neste momento, começa a ser demolido, ou seja, provas falsas, provas omitidas começam a aparecer e a provar a inocência dos acusados.

Não foi por outra razão que o ministro Gilmar Mendes, empregado dos tucanos, já declarou que o STF não "vai ouvir a voz das ruas no caso do "mensalão". Se antecipa aos protestos pela trampolinagem da mais alta corte de Justiça do Brasil e ao mesmo tempo se revela que alguns ministros, diante dos novos documentos se arrependem de seus votos.

Quem vai ter coragem, no STF de colocar as cartas novamente à mesa?

Ou de mais à frente julgar com isenção o caso – réu confesso – do metrô de São Paulo?

Isso, se o Ministério Público levar à frente a investigação e transformá-las em processo criminal contra os governadores e as empresas agentes do crime com dinheiro público contra a população do estado e do País também.

No exterior a repercussão do caso é imensa em grandes jornais. No Brasil a mídia não toca no assunto e quando o faz é de forma superficial protegendo as gangues envolvidas, pois é instrumento dessas quadrilhas.

Por aí, o metrô de São Paulo se pode ter uma ideia da corrupção e dos corruptores, que muito mais importante para o combate a corrupção, pois a mesma só existe por existirem corruptores.

Vai ver Alckmin doou para os pobres como os 300 vestidos que um estilista famoso deu à primeira dama, no governo anterior de Alckmin para leiloar em benefício de obras de caridade e o leilão terminou no guarda-roupas da primeira dama.

A OPUS DEI e outras quadrilhas já perceberam que São Paulo é o ideal para sustentarem-se e por isso é vital manter o estado com o comando dos tucanos.

E um último detalhe, guerra entre tucanos é interna também. Tem dedo de Aécio nessa história para afastar eventuais rivais paulistas em suas pretensões presidenciais e, certamente, vai ter dedo paulista para prejudicar a candidatura do mineiro.

Ninho de cobras venenosas.
*Gilsonsampaio

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