Via Diário Liberdade
- Laerte Braga
A
história do metrô em São Paulo bate de longe qualquer esquema de
corrupção no País e todos os governadores desde Mário Covas estão
implicados no cartel de empresas que realizou a obra, administra a obra e
pagou 30% mais caro pelos trens em circulação.
Não há denúncia propriamente dita, mas confissão de uma das empresas, a SIEMENS.
O
fato repercutiu na imprensa internacional, mas no Brasil, compradas,
pois venais, os órgãos da chamada grande mídia silenciam sobre o assunto
que pode afetar as candidatura tucana à presidência da República nas
eleições do ano de 2014, principalmente se aliada, aí sim, às denúncias
feitas pelo jornalista Amaury Ribeiro, no livro A PRIVATARIA TUCANA, que
trata do processo de privatização de estatais no governo FHC – também
tucano – onde não foram poucos os que enriqueceram.
Só
para lembrar como funcionam esses esquemas, quando saiu do governo de
Fernando Henrique, Pedro Malan, o todo poderoso funcionário do
Departamento do Tesouro dos EUA e alocado no Ministério da Fazenda do
Brasil, virou executivo de Eike Batista. Eike teria se transformado de
um dos homens mais ricos do mundo, num mero milionário. Na verdade, por
trás de tudo isso existe um grande golpe para a entrega de setores
estratégicos da economia a empresas estrangeiras.
Eike
Batista não fala e anda ao mesmo tempo, é apenas herdeiro e todo o
processo foi conduzido por Pedro Malan. E ainda por cima tem pânico de
incêndio. Na prática só deu trabalho a Malan quando sacou cinco milhões
de dólares para pagar por uma noite com Madona. Sacou nas empresas e não
de seu dinheiro pessoal que continua intacto e o mantém bilionário, a
ele e ao ex-ministro da Fazenda de FHC.
O
processo para a construção do metrô de São Paulo funcionou aparentemente
dentro da lei, é lógico, a OPUS DEI começa o dia invocando proteção
para os "negócios". Pré qualificação das empresas aptas a realizar uma
obra dessa envergadura, em seguida qualificação com licitação para a
escolha da ou das empresas e a obra. O governo de Mário Covas deu aval,
diante das dificuldades e do risco de liminares na Justiça em torno da
licitação, para que se formasse um cartel das empresas qualificadas e
isso foi feito, sendo a obra dividida em partes. Cada empresa
qualificada construiria uma das etapas do metrô de São Paulo.
Segundo
um diretor da SIEMENS, confissão pública, os cartéis permitem às
empresas subir o preço e logico, isso implica em pagar propina.
No
meio do caminho houve um desentendimento com a SIEMENS, mas mesmo assim
a parte que lhe coube nesse latifúndio foi construída. Os custos mais
altos e os seguidos governadores tucanos devidamente "propinados". No
caso, Geraldo Alckmin, José Serra e agora Geraldo Alckmin outra vez.
Vale
dizer que os milhões de paulistanos que usam o metrô pagam o custo
visível e um custo invisível até agora pelas passagens, no caso dos
trens, 30% a mais do valor dos mesmos.
A capela
do Palácio Bandeirantes ao invés de imagens de santos deve ter o símbolo
de pelo menos dezoito empresas envolvidas na história, segundo a
confissão pública da SIEMENS e as provas de envolvimento da ALSTON, que
são antigas.
O que foi apurado até agora? Nada, o
Ministério Público paulista trata o assunto como segredo fechado a sete
chaves e mantém a população alheia ao que aconteceu. Não fosse a
confissão dos executivos da SIEMENS e o assunto permaneceria trancado e
não viria a público.
O escândalo do metrô em São
Paulo é varias vezes o que chamam de "mensalão" que, neste momento,
começa a ser demolido, ou seja, provas falsas, provas omitidas começam a
aparecer e a provar a inocência dos acusados.
Não
foi por outra razão que o ministro Gilmar Mendes, empregado dos
tucanos, já declarou que o STF não "vai ouvir a voz das ruas no caso do
"mensalão". Se antecipa aos protestos pela trampolinagem da mais alta
corte de Justiça do Brasil e ao mesmo tempo se revela que alguns
ministros, diante dos novos documentos se arrependem de seus votos.
Quem vai ter coragem, no STF de colocar as cartas novamente à mesa?
Ou de mais à frente julgar com isenção o caso – réu confesso – do metrô de São Paulo?
Isso,
se o Ministério Público levar à frente a investigação e transformá-las
em processo criminal contra os governadores e as empresas agentes do
crime com dinheiro público contra a população do estado e do País
também.
No exterior a repercussão do caso é
imensa em grandes jornais. No Brasil a mídia não toca no assunto e
quando o faz é de forma superficial protegendo as gangues envolvidas,
pois é instrumento dessas quadrilhas.
Por aí, o
metrô de São Paulo se pode ter uma ideia da corrupção e dos corruptores,
que muito mais importante para o combate a corrupção, pois a mesma só
existe por existirem corruptores.
Vai ver
Alckmin doou para os pobres como os 300 vestidos que um estilista famoso
deu à primeira dama, no governo anterior de Alckmin para leiloar em
benefício de obras de caridade e o leilão terminou no guarda-roupas da
primeira dama.
A OPUS DEI e outras quadrilhas já
perceberam que São Paulo é o ideal para sustentarem-se e por isso é
vital manter o estado com o comando dos tucanos.
E
um último detalhe, guerra entre tucanos é interna também. Tem dedo de
Aécio nessa história para afastar eventuais rivais paulistas em suas
pretensões presidenciais e, certamente, vai ter dedo paulista para
prejudicar a candidatura do mineiro.
Ninho de cobras venenosas.
*Gilsonsampaio
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