Garis enfrentam bombas de gás de pimenta em protesto no Rio
Os garis ameaçam entrar em greve por melhores condições de trabalho, reajuste salarial, vale-refeição e pagamento de hora extra. Todos os policiais que participam da operação estão sem identificação e o major Brum, responsável pela ação, não justificou a medida. A manifestação partiu da sede do Sindicato de Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro, que chegou a decretar uma greve de um dia na noite desta sexta-feira. Nesta manhã, uma nova assembleia discutia uma possível contraproposta da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), mas os dirigentes não compareceram.
Um dos organizadores do protesto, Bruno Lima, que é gari, disse que a categoria está há três anos insatisfeita com as condições de trabalho e avalia que o carnaval é o momento ideal para mostrar a importância da categoria para a cidade.
– A gente não aguenta mais. São salários muito baixos, de cerca de R$ 900, o tíquete está defasado e as condições do trabalho são péssimas. Falta funcionário, a Comlurb virou cabideiro politico e quem trabalha de forma operacional, não tem valor – disse.
Em nota divulgada mais cedo à imprensa, o vice-presidente do sindicato, Anyonio Carlos da Silva, que informou sobre a paralisação, na véspera, voltou atrás e explicou que a categoria não estava em greve. As ruas da capital fluminense, no entanto, amanheceram cobertas de lixo esta manhã. A Lapa, tradicional bairro boêmio, permaneceu suja até as 9h, quando alguns garis apareceram para retirar o lixo que ficou das festas de carnaval da noite passada.
*correiodobrasil
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