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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, março 11, 2014

IMPERIO DO MAL ORDENA MOTIM - BIDEN DA A SENHA PARA O GOLPE NA VENEZUELA DO PETRÓLEO

Do Opera Mundi - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a "situação da Venezuela é alarmante" e que o governo tem a obrigação de "respeitar os direitos universais". Além disso, perguntando pelo diário chileno El Mercúrio sobre a possibilidade de uma "intervenção de Washington" em território venezuelano, Biden a rechaçou. Após acusar os EUA de estarem envolvidos nos recentes episódios de violência, Maduro nomeou um embaixador para Washington e instou ao diálogo, porém, não houve receptividade do lado norte-americano.
Efeito bumerangue: o mundo fica pior para todos cada vez que os EUA quebram as regras
"Enfrentar manifestantes pacíficos com a força e em alguns casos com milícias armadas, limitando a liberdade de imprensa e de assembleia (...) não está à altura dos sólidos padrões de democracia que temos na maior parte de nosso hemisfério", disse em entrevista publicada neste domingo (09/03). Biden chega hoje ao Chile, em sua sétima visita à região, para assistir na terça-feira à posse da presidente eleita, a socialista Michelle Bachelet, onde também estará o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
"A situação na Venezuela me lembra o passado, quando homens fortes governavam usando a violência e a opressão; e os direitos humanos, a hiperinflação, a escassez e a extrema pobreza causavam estragos nos povos do hemisfério", afirmou. Ironicamente, a declaração, além de ter sido feita antes da visita ao Chile -- onde um golpe de Estado foi patrocinado pelo governo dos EUA, assim como em outros países da América Latina --, foi dada a um jornal que colaborou com a derrubada de Salvador Allende

Biden não poupou críticas a Maduro, dizendo que "até agora tentou distrair seu povo dos temas mais importantes que estão em jogo na Venezuela ao inventar conspirações totalmente falsas e extravagantes sobre os EUA". Em vez disso, "ele deveria escutar o povo venezuelano, e olhar o exemplo desses líderes que resistiram à opressão nas Américas, ou se arriscar a repetir as injustiças contra as que eles brigaram com tanta coragem", acrescentou.

No entanto, descartou qualquer ação que envolva uma intervenção."O presidente (Barack) Obama deixou claro que não estamos interessados em voltar às batalhas ideológicas do passado nesse hemisfério e trabalhou por um futuro de maior integração e respeito pelos direitos universais", afirmou. "Reconhecemos que há ranços da Guerra Fria, e as suspeitas fazem parte da situação. Mas a maioria das pessoas nas Américas está cansada de brigar velhas batalhas ideológicas que não ajudam em nada suas vidas cotidianas", opinou.

Após os atos oficiais da mudança de comando presidencial no Chile, os chanceleres dos países-membros da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) se reunirão em Santiago em 12 de março para tratar a situação da Venezuela. No encontro, o governo do país apresentará sua análise sobre a crise desencadeada em meados de fevereiro, quando os atos de violência. 

O Governo dos Estados Unidos é o principal promotor da violência a nível mundial, um verdadeiro “expert” em invasões e bloqueios econômicos, diz em um comunicado el Governo da Venezuela.
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Este documento oficial foi emitido para responder às declarações do vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, sobre o estado dos direitos humanos na Venezuela e as recentes protestos no país latino-americano.  

“Enfrentar manifestantes pacíficos con a força e alguns casos com milícias armadas, limitando a liberdade de imprensa e de assembleia não está á altura dos sólidos padrões de democracia que temos na maior parte do nosso  hemisfério", disse Biden.
"O Governo dos Estados Unidos, principal promotor da violência a nível mundial, “expert” en invasões, bloqueios econômicos, guerras iniciadas por interesses econômicos sob a suposição de ameaças fictícias, criador de armas letais de destruição massiva e responsável pela morte de milhares de civis ao redor do  mundo, não tem moral para objetar o respeito aos Direitos Humanos na Venezuela e o esforço do Governo Bolivariano para preservar a paz em nossa nação”, diz o comunicado
 
Para controlar a maior nação produtora de petróleo do Caribe, os 'Yankes' bebem até sangue de cobra viva, sem fazer careta.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rechaçou de maneira categórica as declarações Biden "por constituir um desrespeito à soberania venezuelana e uma agressão direta ao povo que sofreu os embates de um setor fascista que avança em uma estratégia de golpe de Estado continuado". 
As autoridades de Caracas recordam que os “radicais da oposição recebem financiamento de órgãos do Governo dos Estados Unidos "que pretende gerar uma falsa imagem de guerra e repressão generalizada em todo o território venezuelano, quando em realidade se trata de focos pontuais criados pelos artífices da violência contra o povo".
O comunicado informa que "enquanto esses minúsculos grupos propiciam a violência", "Maduro fez um chamado plural a todos os setores do país para incorporar-lhes a uma Conferencia de Paz, que contou com a ampla participação de empresários, igrejas, organizações do poder popular e os setores sociais mais diversos que fazem a vida na nação, com o propósito de isolar aos fascistas que o Governo norte-americano defende, financia e apoia".

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