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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, maio 01, 2014

GLOBO DESABA FANTASTICAMENTE





Singela homenagem do Bessinha aos filhos do Roberto Marinho. 13% num ano. 30% em dez 
anos … Melhor subir a escadaria da Penha !

Saiu no “Outro Canal”, da Folha (outra que desaba …) , de Keila Jimenez:
“Globo perde público rápido e se aproxima da Record”
Só a Copa pode salvar a Globo, que perde audiência “vertiginosamente”, diz a Keila!
(Aqui pra nós, amigo navegante, se o destino dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – está nas mãos do Galvão, melhor subir a escadaria da Penha … E isso tudo sem mostrar o DARF).
(Clique aqui para ler “o PT deve uma Ley de Medios ao Brasil”.)
A Globo deve encerrar abril com média diária de 13 pontos.
Contra 13,6 de março.
A diferença entre ela e a Record nunca foi tão pequena.
A Record tem 6,6 e o SBT, 5,5.
“A líder não consegue estancar a fuga de Globope anual, perdendo cerca de 13% de audiência nos últimos doze meses”
13% em doze meses.
E 30% em dez anos !
Não fosse uma empresa para-estatal, que vive de BV, já tinha caído todo mundo: dos filhos do Roberto Marinho ao Gilberto Freire com “ï”.
A última do “i” foi o desastre retumbante do “relançamento” do Fantástico:
“Mudança na forma não melhora o Fantástico – recauchutado, o programa marcou 17,7 pontos de audiência, abaixo da média alcançada este ano”, diz Mauricio Stycer, na “Crítica – Televisão”, da mesma Folha.
Será que o Globope resolveu “acertar a margem de erro”, logo agora que o instituto alemão de pesquisa está para chegar ?
Qualquer dia desses um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – vai culpar o Globope …

Fonte: Conversa Afiada

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