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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, agosto 07, 2014

Israel raciona el agua a la población palestina

El agua es un derecho humano

Pastores del pueblo de Umm al Jeir, en el sur de la Cisjordania ocupada
Pastores del pueblo de Umm al Jeir, en el sur de la Cisjordania ocupada. Las comunidades dedicadas al pastoreo no tienen agua corriente, por lo que dependen del agua de lluvia almacenada en cisternas como ésta, que a menudo son destruidas por el ejército israelí. © Amnistía Internacional
La población palestina de los Territorios Palestinos Ocupados (TPO) no tiene acceso a un suministro de agua adecuado y seguro. Esto ha entorpecido sobremanera el desarrollo social y económico de los TPO y negado a muchas comunidades su derecho a un nivel de vida digno. El consumo palestino de agua rara vez alcanza los 70 litros diarios por persona, muy por debajo del mínimo diario de 100 litros per cápita recomendado por la Organización Mundial de la Salud. En contraste, el consumo diario per cápita israelí es cuatro veces superior.

La desigualdad es aún más pronunciada entre las comunidades palestinas y los asentamientos israelíes ilegales establecidos en los TPO. Hay zonas de Cisjordania en las que los colonos israelíes utilizan hasta 20 veces más agua per cápita que sus vecinos palestinos.

En el informe “Israel/ OPT Troubled Waters: Palestinians denied fair access to water” se revela hasta qué punto el carácter discriminatorio de las políticas y prácticas hídricas de Israel niega a la población palestina su derecho al agua.

El impacto de la escasez de agua y los malos servicios de saneamiento de los TPO hacen mella en las comunidades más vulnerables, que son aquellas que viven en zonas rurales aisladas y en campos de refugiados superpoblados. Las comunidades rurales a las que no llega la red de suministro de agua dependen de la recogida de agua de lluvia para cubrir sus necesidades domésticas y agrícolas.

En Gaza, entre el 90 y el 95 por ciento del suministro de agua está contaminado y no es apto para el consumo humano. Israel no permite llevar agua desde Cisjordania, y el acuífero costero se va agotando cada vez más debido a la sobreexplotación y a la contaminación de las aguas residuales. El bloqueo impide las reparaciones y la reconstrucción de las maltrechas instalaciones de la franja de Gaza.
*AnistiaInternacional

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