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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 09, 2014

Senado volta a debater legalização da maconha no dia 11



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Dentro do ciclo de debates a CDH promove a segunda das seis Audiências Públicas para debater a regulamentação do uso recreativo, medicinal ou industrial da maconha. O debate contará com a presença do deputado federal Eurico Junior que tem uma proposta com o mesmo tema. Participe e envie a sua mensagem de apoio a regulamentação da maconha ao Senado.

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal volta a debater a “Sugestão nº 8/2014, que trata da regulamentação do uso recreativo, medicinal ou industrial da maconha”.
A segunda Audiência Pública para tratar do tema, será realizada no dia 11 de agosto de 2014, segunda-feira, às 9 horas, no Plenário nº 2, Ala Senador Nilo Coelho, Anexo II, Senado Federal.
Estão sendo convidados para compor a mesa o ex-coronel da PM do RJ e cientista social Jorge da Silva; o deputado federal Eurico Júnior (que apresentou o projeto de lei, PL 7187/14, sobre o tema); a senhora Rosiska Darcy de Oliveira, Nivio Nascimento, Coordenador do Programa do Estado de Direito da UNODC – Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime; e Leon de Souza Lobo Garcia, Diretor de Articulação e Coordenação de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça.
PELO TELEFONE E PELA INTERNET CONTINUE CONTATANDO O SENADO!!!
É muito importante a presença de todas(os) que possam ajudar efetivamente no aprofundamento do debatea partir de evidências científicas e sem preconceitos de ordem ideológica ou religiosa
O público de casa também pode participar do debate por meio do portal do senado, pelas redes sociais e por telefone através do Alô Senado no Telefone: 0800-612211.
Acompanhe a tramitação da SUG Nº 8/2014 em http://bit.ly/CDHSUGMaconha
Acompanhe ao vivo pelo canal do Senado Federal na internet (em breve estaremos disponibilizando o link).
Ajude o Senador. Assista o vídeo e esclareça suas dúvidas através dos canais acima.
- A regulamentação da maconha acarreta um aumento no consumo?
- A maconha é ou não a porta de entrada para outras drogas?
- A regulamentação diminui a violência?
- Como será a reação, o sentimento, do brasileiro quanto a regulamentação?
Foto de Capa: Mídia Ninja (1ª Audiência Pública sobre a regulamentação da maconha)
*http://smkbd.com/senado-volta-debater-legalizacao-da-maconha-dia-11/

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