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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, outubro 30, 2014

Deleite - Legião Urbana - Perfeição só a verdade liberta



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O tempo do amor
às vezes a gente gasta, jogando conversa fora,
No tempo do amor 
cabem todas as perguntas, tantas que tanto faz a resposta,

somos portadores do futuro, o prazer está à flor da pele
e a pele é macia, mesmo quando os sentimentos não são,

até que o tempo provoca uma tal metamorfose
que a gente parece que parou, lá, atrás, aonde?...

_ em algum tempo onde todos se apaixonarão outra vez.

*BeLins


2 comentários:

  1. Oi, João!
    Tudo bem com você?
    Pois é, a eleição foi ganha, mas a luta pelos direitos de todos, nunca pára, né?
    Fiz um texto novo no blog, sua opinião seria muito importante, porque quero escever coisas que signifiquem algo um pouco mais além, do meu jeito, assim meio romantizado, mas não sem alcançar significado. Se tiver um tempinho, dá uma olhada pra mim?

    Abraço e beijo,

    Be


    *

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  2. Sim Be apaixonados somos sempre romantizados, sem perder a ternura sempre Beijoão carinho sempre Gratidão _/\_ Namastê

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