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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, outubro 22, 2014

Os rituais de adestramento aplicados a um cão são também aplicados aos fiéis, isto é, os fiéis são treinados a participar de rituais que seguem os mesmos preceitos, como por exemplo: hora de se ajoelhar

Dê a outra face ao inimigo e faça Jesus feliz

UM CRISTÃO É CAPAZ DE ENFRENTAR AS HUMILHAÇÕES COM ALEGRIA E PACIÊNCIA, DIZ O PAPA
VATICANO, 27 Set. 13 / 03:53 pm (ACI/EWTN Noticias).
[...] A prova para compreender se um cristão é um cristão realmente está na “capacidade de suportar com alegria e paciência as humilhações” [...] O Papa voltou novamente a advertir sobre o perigo das “tentações do bem-estar espiritual”, [...] “E esta é a tentação do bem-estar espiritual. Temos tudo: temos a Igreja, temos Jesus Cristo, os sacramentos, a Virgem Maria, tudo, um bom trabalho para o Reino de Deus; somos bons, todos. Porque pelo menos temos que pensar isto. Porque se pensarmos o contrário é pecado! Mas não basta. Com o bem-estar espiritual até um certo ponto”.
“Como o jovem que era rico: ele queria ir com Jesus, mas até um certo ponto. Falta essa última unção do cristão, para ser um cristão realmente: a unção da cruz, a unção da humilhação. Ele se humilhou até a morte, a morte de tudo. Esta é a pedra de comparação, a verificação da nossa realidade cristã: Eu sou um cristão de cultura e bem-estar? Ou eu sou um cristão que acompanha o Senhor até a cruz? O sinal é a capacidade de suportar as humilhações”.
O escândalo da cruz, no entanto, continua a bloquear muitos cristãos. Todos, diz o Papa, querem ressurgir, mas “nem todos” pretendem fazê-lo pelo caminho da cruz. E, ainda mais, se queixam das injustiças ou afrontas sofridas, comportando-se contrariamente ao que Jesus fez e pede para imitar.
“A verificação se um cristão é um cristão realmente é a sua capacidade de suportar com alegria e paciência as humilhações, já que isso é algo que não gostamos… Há muitos cristãos que, olhando para o Senhor, pedem humilhações para se assemelhar a Ele. Esta é a escolha: ser cristão do bem-estar – que vai para o Céu, certo de salvar-se! – ou ser o cristão que está próximo a Jesus, pelo caminho de Jesus”. Disponível em:http://www.acidigital.com/noticia.php?id=26112
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Dê a outra face ao inimigo, faça Jesus feliz, ou saia da senzala
Por Ana Burke
Humilhaçao significa “estar abaixo” numa posição inferior. Os adéptos da seita não conseguem compreender a extensão da violência que está sendo aplicada contra ele.  Ser um humilde, pobre, infeliz, humilhado e é assim que deus quer.
É como se ajoelhar e esperar com alegria as chicotadas do dono. Isto faz parte dos evangelhos de Jesus Cristo. O deus de Israel foi criado para matar e castigar o corpo e Jesus para matar as mentes e fazer escravos eternos. E se o seu sonho do paraíso for uma farsa? Você vai voltar para reclamar a vida que você não teve? E a vida dos seus filhos?
As “tentações do bem-estar espiritual” devem ser evitadas? Bem-estar espiritual é uma tentação?. A Paz espiritual não agrada a deus, mas a infelicidade e o desprezo por si mesmo são uma graça? Esta homilha do Papa e tudo o que se inculca na mente dos cristãos jamais os deixarão livres. Acompanhar o Senhor até a cruz é aceitar sofrer passivamente, nunca levantar a cabeça e nunca ser capaz de resolver os próprios problemas. 
Ainda segundo o Papa Francisco os cristãos “se queixam das injustiças ou afrontas sofridas, comportando-se contrariamente ao que Jesus fez e pede para imitar.” …”A verificação se um cristão é um cristão realmente é a sua capacidade de suportar com alegria e paciência as humilhações, já que isso é algo que não gostamos…”  
Qual o pai normal se alegraria em ver o próprio filho humilhado e ajoelhado aos pés do seu agressor?  E é isto o que se ensina às criancas nas igrejas. Se religião ensinasse moral e bons costumes não teríamos 99% de cristãos dentro das penitenciárias ou em casas de correção.
Ser pobre e miserável é bom pra Jesus que afirma que é mais fácil o camelo passar pelo fundo de uma agulha que o rico entrar no Reino dos Céus. Mas este ensinamento só é bom para as ovelhas, não serve para os pastores. Ovelhas pobres e infelizes significa igreja cheia. Mais ovelhas com problemas, mais dinheiro; pra elas capim, para o pastor, carne. Pra elas o cocho, para o pastor, mesa farta. Pra elas milagres, talvez, e para o pastor, hospitais caros e particulares, portanto, as ovelhas têm que carregar a cruz e o pastor ri do otário que carrega a cruz. O Papa Inocêncio III chamava os cristãos da sua época de “Porcos com Cruzes e desenhou um cristão com ar inocente, e um frade (LOBO) com uma arma pedindo dinheiro.
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As igrejas também usam para os cristãos, as expressões:
Fiel - doutrinado, que segue sem pensar e para onde ele for guiado; não usa a razão, defende a igreja, a religão, os dogmas e os pastores; são servis, obedientes, humildes e pobres (o miserável não tem pastor); carregam a cruz, símbolo da morte e também do seu próprio destino e dos seus descendentes.
Ovelhas ou Cordeiros – Segue o pastor, são vigiados pelo cão do pastor e sacrificados para alimentar o pastor e seu cão. O cordeiro sacrificado, salva outros de morrerem sacrifícados.
Leigo  ignorante das verdadeiras intenções do pastor.
Peixe – também alimento dos pescadores, pastores e cães dos pastores.
O Bispo Liutprand de Cremona, conta a história papal de 886-950, deixando uma imagem notável do vício dos papas e seus colegas episcopais:
Eles caçavam em cavalos com arreios de ouro, tinham ricos banquetes com dançarinas e, quando a caça acabava, iam com essas putas sem vergonha para camas com lençóis de seda e colchas bordadas a ouro. Todos os bispos romanos eram casados, e suas esposas vestiam-se de seda. Suas amantes eram as protagonistas nobres da cidade, e “duas mulheres imperiais voluptuosas “, Theodora e sua filha Marozia “, governaram o papado do século X” (Antapodosis, ibid.).
As ovelhas escutam todos os dias este tipo de sermão ficando então covencidas que ser inferior e ficar inertes, conformados, e felizes com a própria sorte é algo que agrada a Deus e nunca vão tentar alguma maneira de mudar a própria situacão de pobreza, ignorância e miserabilidade.
As igrejas pregam o ódio, a desigualdade, a intolerância, ensinam aos fiéis que certos grupos devem ser destruídos por serem inimigos da igreja e da religião ou mesmo diferentes. Todos são adestrados para seguir o exemplo de Jesus,  do perdedor, fraco e covarde que apanha e morre quieto sem reagir. Eles protegem, defendem o tirano e assumem a própria desgraça como sendo algo bom.  Matam e morrem expondo os próprios filhos na defesa da propriedade do dono ou do redil onde vivem. Não sabem nada sobre amor, dignidade e respeito; nada é mais importante do que a sua religião, nada pode estar errado na sua concepção pobre a respeito de evolução e superioridade. Tudo está invertido em suas mentes, tudo é um engano e agem como um cão fiel lambendo a mão de quem o ensina a lamber o chão. Os rituais de adestramento aplicados a um cão são também aplicados aos fiéis, isto é, os fiéis são treinados a participar de rituais que seguem os mesmos preceitos, como por exemplo: hora de se ajoelhar; hora de se levantar, hora de andar em procissão, hora de arrecadar a oferta ou o dízimo, etc.
O mundo precisa de seres humanos com dignidade e respeito próprio, não de ovelhas…Não de sacerdotes. O Papa Francisco está errado…precisamos todos de muita PAZ, espiritual ou não…PAZ.
*A>Burke

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