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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 24, 2014

Ministra indefere pedido de advogados para suspender participação de Dilma das eleições


Ministra indefere pedido de advogados para suspender participação de Dilma das eleições


Poder Judiciário
Os advogados Luís Carlos Crema e Caroline Rodrigues de Toni - entraram (21/10), com Mandado de Segurança (MS Nº 172882) no Tribunal Superior Eleitoral(TSE), na tentativa de suspender a participação da candidata Dilma Rousseff(PT), à Presidência da República no segundo turno das eleições, no próximo dia 26.


Advogados sustentaram que a candidata a Presidente da República, Dilma Rousseff, não preenche as condições constitucionais de elegibilidade (CF, art. 14, § 3º, V), ou seja,  não adquiriu capacidade para ser eleita. Além de não atender, e por não respeitar os princípios da administração pública (CF, art. 37, caput e § 4º), em especial o princípio da moralidade, requisito exigido pelo § 9º do art. 14 da Constituição Federal, alegaram os advogados no MS.


A ministra do TSE, Luciana Lóssio, indeferiu, na tarde desta terça-feira (21), o pedido feito pelos advogados.  Na decisão, a ministra rejeita os argumentos, e justifica decisão. “Anoto que, na sessão de 1º.8.2014, o TSE deferiu, por unanimidade de votos, o registro da candidata Dilma Vana Rousseff - (RCAND n. 73624) ao cargo de Presidente da República, ao fundamento de que todas as condições de elegibilidade estavam presentes e de que não incidia qualquer causa de inelegibilidade que pudesse obstar o pedido”.


Impeachment
Também, na tarde desta terça-feira (21), foi protocolado junto à Câmara dos Deputados Federais, no Distrito Federal, pelo  advogado Luís Carlos Crema, pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

 

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