Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, outubro 25, 2011

Estadão confunde prefeita do PPS com Orlando Silva

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,obra-de-centro-esportivo-paralisada-em-2007-recebeu-r-137-mi-da-uniao,789982,0.htm
O Estadão, na ânsia golpista de derrubar ministro, é outro jornal que está sendo fritado pelo mau jornalismo.

Em seu dossiê preparado contra Orlando Silva, o jornalão pega uma obra atrasada da prefeitura de Campos do Jordão (SP), licitada pela prefeitura, cujo prazo do convênio com o Ministério do Esporte só será vencido em dezembro (ou seja, a prefeitura tem prazo até dezembro para cumprir o convênio), e quer apresentar como se fosse irregularidade do ministério, em vez de cobrar a quem é responsável: à atual prefeita Ana Cristina Machado César (PPS), e ao prefeito anterior, João Paulo Ismael (PMDB).

Está dureza aturar esse sub-jornalismo.
*osamigosdopresidentelula

Nenhum comentário:

Postar um comentário