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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, setembro 18, 2013

A Obama resta a alternativa de sair da pocilga ou continuar chafurdando na lama.





Dilma não vai se encontrar com Obama.

E não podia ser diferente.

O Brasil é uma nação soberana e exige respeito.

Acabou a época em que Estados Unidos podiam fazer o que bem entendessem, com o apoio incondicional dos governos da Casa Grande e sua mídia servil.

Entre as muitas atitudes arrogantes adotadas recentemente pelo governo estadunidense, duas se destacam:
1-   A ordem, em solo brasileiro, de desrespeitar a autodeterminação  dos povos e ordenar o ataque contra a Líbia e;

2-   Espionar o Brasil a seu bel prazer sem um pedido de desculpas.

É o velho problema de se achar o dono do mundo. E o mais grave, ser assessorado por idiotas que se deixam enganar pelas manchetes da mídia nativa.

Talvez a senhora Dilma não faça idéia do alcance de sua atitude. Mas pode ter certeza que lavou a alma de todos aqueles que prezam seus países, mas temem o armamento do império.

Dona Dilma arrebentou os cadeados das senzalas.

O sr.Obama precisa entender  que a humanidade mudou - e continua mudando.

Ninguém, por mais poderoso que seja, conseguirá travar a roda da História.

A ele resta a alternativa de sair da pocilga ou continuar chafurdando na lama.
*Georges Bourdoukan

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