Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, janeiro 24, 2014

Dantas, a PF e Gilmar tentaram destruir Protógenes. E não conseguiram




PROTÓGENES QUEIROZ AUTOGRAFA LIVRO DA OPERAÇÃO SATIAGRAHA
Quando: 11 de fevereiro, terça-feira
Horário: 18h30
Onde: Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073 – Bela Vista)

Como se sabe, depois que a Polícia Federal de Luiz Fernando Correa – já achou o áudio do grampo, delegado ? – deu uma punhalada nas costas de Protógenes Queiroz, o delegado Ricardo Saadi refez toda a trajetória da Operação Satagraha e corroborou, confirmou, avalizou o trabalho hercúleo e profissional de Protógenes e De Sanctis.
Além disso, Saadi achou 1.300 e-mails do lobista de Daniel Dantas, um Roberto Amaral, onde se encontram três emails que tratam de ligação entre eles, Amaral e Dantas, com Gilmar Dantas e a “Pessoa”, o Presidente Fernando Henrique Cardoso – clique aqui para ler “Janot vai investigar Gilmar ?”; e aqui para ver se Gilmar já voltou de férias .
Esses 1.300 emails foram capturados quando não havia qualquer ligação da Satiagraha com a Abin.
E o papel irrelevante de funcionários subalternos da Abin foi um dos motivos para Dantas e Gilmar tentarem desqualificar a Satiagraha e degolar em praça publica o Protógenes e o destemido De Sanctis.
Gilmar chegou a denunciar um “Estado Policial” !
E, agora, sem a Abin, ministro ?
Pra onde vai o “Estado Policial” ?
Como os juristas alemães o definiriam ?
Dantas e Gilmar, uma relação que a República precisa conhecer , estão na berlinda.
Sentaram no banco dos réus da opinião publica.
O livro de Protógenes será uma contribuição a esse processo de higienização da Justiça brasileira.

Paulo Henrique Amorim
*Militanciaviva

Nenhum comentário:

Postar um comentário