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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, janeiro 12, 2014

Expressões de desprezo aos cristãos usados pela igreja

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Quem quiser ser um cristão deve fazer a intenção de silenciar a voz da razão.
Quem quiser ser um cristão, deve arrancar os olhos da razão.
Os homens que desprezam o Evangelho, insistem em serem compelidos pela lei e pela espada.
Se você entende o Evangelho com razão, peço-lhe para não acreditar que ele possa ser levado a efeito sem tumulto, escândalo, sedição…A palavra de Deus é uma espada, é uma guerra, é ruína, é escândalo.
Martinho Lutero
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O que Martinho Lutero disse, se confirma no dia-a-dia,  quando se analisa a atitude dos cristãos em relação a sua igreja, sua religião e suas crenças:

Pastor sul-africano faz cristãos comerem capim.

Segundo informações do tabloide inglês Daily Mail, o pastor Lesego Daniel (foto), do Rabboni Centre Ministries (Centro de Ministérios Rabboni, em tradução livre), pediu que seus seguidores se deitassem no chão e comessem a grama do centro religioso. O ato, disse o pastor, “os leva para mais perto de Deus”.
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Comendo capim
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Segundo o site sul-africano African Spotlight, o pastor pisa sobre seus seguidores e os avisa que o espírito de Deus pode levar as pessoas a comerem qualquer coisa.
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A Igreja Católica, com muita facilidade, enviu milhares de cristãos para a guerra das cruzadas para morrer e matar.  Os cristãos sempre aprovaram e conviveram bem com as torturas e mortes provocadas pela Santa Inquisição e hoje em dia, aceitam que nenhum padre seja punido pelos crimes de pedofilia. Existe sempre uma defesa para qualquer barbaridade cometida pelos seus evangelizadores ou pela sua igreja. O que prova as falas de Lutero quanto ao não uso da razão em nenhum momento pelos cristãos.
Existe uma gama de casos que ocorrem em todos os lugares, todas as denominações religiosas e em todas as igrejas e templos mostrando absurdos que sómente pessoas completamente fora da sua razão e do seu juizo praticariam. Não existe senso e nem limite para a loucura e submissão dos fiéis à ganância dos criminosos da fé.
Fonte da foto “Porcos com Cruzes”: (From Ibn Jubayr, The Travels of Ibn Jubayr; © Archivio Segreto, Vatican)

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