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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, novembro 27, 2014

Mercado Municipal de São Paulo recebe Feira da Reforma Agrária



Da Página do MST

Nesta sexta-FEIRA e sábado (28/11 e 29/11) acontece a 2ª FEIRA de Produtos Orgânicos da Agricultura Familiar em São Paulo. 

O evento, parceria entre a prefeitura de São Paulo, MST e agricultores familiares, acontece no Mercado Municipal de São Paulo, das 9h às 16h.

Produtos de diversos assentamentos da região sudeste serão comercializados, como arroz, suco, feijão,CAFÉ, leite, achocolatado, verduras e frutas, todos livres de agrotóxicos. 

Além disso, a relação direta entre o consumidor e o produtor garante preços MAIS baratos. 

Para Adalberto de Oliveira, do setor de produção do MST, a feira é importante porque “os produtos vão ser comercializados a preços acessíveis. E fazer uma feira que dá abertura aos agricultores num local tradicionalmente elitizado, como o Mercado Municipal, é uma forma de ocuparmos esse espaço”, acredita.

De acordo com o Supervisor Geral de Abastecimento da prefeitura de São Paulo, Marcelo Mazeta, a proposta da feira “é orientar as pessoas a terem um hábito alimentar melhor, a olharem para a produção de uma maneira diferente e buscar um modo de vida mais SAUDÁVEL”. 

Segundo ele, um dos objetivos é “integrar campo e cidade a PARTIR da produção de associações, movimentos e cooperativas do estado, do Brasil e da cidade de São Paulo”.

A proposta é que a cada dois meses a Feira de Produtos Orgânicos da Agricultura Familiar em São Paulo se repita.
*MST
*GabyGuaraniKaiowa

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