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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, novembro 30, 2014

um esquema de cassino predatório de Wall Street em dólares, que somente nos últimos 100 anos contribuiu muito e se beneficiou de duas guerras mundiais,

O banco BRICS é o primeiro passo na desdolarização da economia mundial

Jornal GGN – Os BRICS podem eventualmente substituir o atual sistema econômico dominando de forma hegemônica pelos Estados Unidos, acredita o economista Peter Koenig. O Bando de Desenvolvimento dos BRICS é o primeiro passo.
O Banco de Desenvolvimento dos BRICS constitui o primeiro passo no processo de desdolarização do sistema econômico mundial, assegura o economista e ex-funcionário do Banco Mundial Peter Koenig em um artigo publicado no “Global Research”. “Este banco poderia atuar, de forma temporal, como entidade financeira central dos BRICS, chegado o momento, eles poderiam criar moeda própria”, avalia Koenig.
O Banco de Desenvolvimento concentraria seus esforços na modernização da infraestrutura social e de transporte, sistema de distribuição de energia e telecomunicações. Também na prospecção, extração e elaboração de recursos energéticos, incluindo alternativos procedentes de fontes renováveis, explica o especialista.
Em conjunto, os BRICS representam 30% do PIB mundial e aproximadamente 45% da população total. E constituem uma ameação real para os interesses dos Estados Unidos, entende Koenig. Para ele, Washington está se empenhando a fundo para desestabilizar a situação nestes países. Por exemplo, Estados Unidos acusava recentemente o Governo de Dilma Rousseff de corrupto, depois de sua vitória no primeiro turno eleitoral, diz o economista.
Não existe nenhuma razão econômica para a queda do rublo fora da manipulação da propaganda anti-russa e da manipulação monetária
“Na verdade, agora é o momento para que novos sistemas econômicos e monetários substituam o Banco Mundial atual (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento), um esquema de cassino predatório de Wall Street em dólares, que somente nos últimos 100 anos contribuiu muito e se beneficiou de duas guerras mundiais, para o empobrecimento do planeta, tanto em termos sociais como meio-ambientais. Este sistema está a ponto de cair em um abismo ainda maior que a depressão dos anos 30”, assegura Koenig, que recorda que, atualmente, seis bancos estadunidenses  administram dois terços de todos os ativos bancários no mundo.
Segundo o economista, o sistema dos BRICS podem oferecer uma alternativa mais saudável ao dólar, que imprime dinheiro quando lhe convém. Como exemplo deste sistema viciado, Koenig mencionou a queda do rublo. Koenig considera que “não existe nenhuma razão econômica fora da propaganda e manipulação da moeda anti-russa” que a justifique,  e que a economia russa, apesar das sanções, tem fundamentos muito mais sólidos que os EUA.
*Nassif
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