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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 11, 2015

Dia 13, todos nas ruas:
capitais confirmam evento

“Vamos às ruas para deixar claro que a pauta que venceu as eleições é a que tem de ser implementada”

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Mobilização em Curitiba  

Conversa Afiada reproduz informações da Central Única dos Trabalhadores (CUT):


Já são 24 as capitais já confirmaram o horário e o local onde realizarão o ato do dia 13 de Março, Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, da Petrobrás, da Democracia e Reforma Política, Contra o Retrocesso. (Ver quadro de mobilização no final do texto).

Como deixa muito claro o manifesto (http://www.cut.org.br/noticias/manifesto-dos-movimentos-sociais-sobre-o-dia-13-de-marco-4d30/) assinado por representantes dos movimentos sindical e social, o ato de sexta-feira é em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras, em defesa da sociedade brasileira.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, acrescenta que “não é um ato nem pro nem contra o governo”.

Segundo ele, fazer manifestações para conquistar ou manter direitos, por mais e melhores empregos, por aumentos reais de salários, por saúde e educação de qualidade  é uma tradição da CUT e de todo movimento sindical brasileiro.

“Foi assim que conquistamos a política de valorização do salário mínimo, a redemocratização do Brasil, aposentadoria para trabalhadores/as rurais, valorização da agricultura familiar e tantos outros benefícios para a classe trabalhadora”, pontua Vagner.

O dia 13 foi consolidado para o ato porque é a data em que outras entidades, como a FUP e professores de São Paulo, escolheram para fazer manifestações e debater a pauta da categoria.

O objetivo da mobilização é fazer frente aos ataques especulativos e políticos que recaem sobre a Petrobrás, reiterar a necessidade de derrubar as MPS 664 e 665, que restringem direitos trabalhistas como seguro-desemprego e auxílio-doença, já em vigor, e para defender a democracia.

“Vamos às ruas no dia 13 para deixar claro que a pauta que venceu as eleições é a que tem de ser implementada. Quem quiser implementar uma pauta conservadora, que espere 2018 e tente vencer as eleições,” argumenta o dirigente.

QUADRO DE MOBILIZAÇÃO – DIA NACIONAL DE LUTA – 13 MARÇO 2015
– POSIÇÃO EM 9/3/2015, 22h10
UF
DIA NACIONAL DE LUTA – 13/3
1 -AL
9h: Maceió, concentração na Praça Sinimbu e caminhada até a Assembleia Legislativa
2 -AM
15h: Manaus, concentração na Praça da Polícia, seguida de caminhada até a rua Eduardo Ribeiro esquina com 7 de setembro para panfletagem.
3 -AP
8h: Macapá, concentração na Praça da Bandeira
10h: caminhada até a Praça do Forte
4 -BA
7h: Salvador, concentração em frente ao prédio da Petrobrás
15h: Ato em Campo Grande
5 -CE
8h: Fortaleza, concentração na Praça da Imprensa, e caminhada até a Assembleia Legislativa,
6 -DF
17h: Brasília na Rodoviária
7 -ES
16h30: Vitória, concentração em frente à UFES
8 -GO
10h: Goiânia, no Coreto da Praça Cívica
9-MA
7h: São Luís, panfletagem na Praça Deodoro.
15h: Concentração na Praça João Lisboa e passeata na Rua Grande até o final da mesma rua – Canto da Viração – para o Ato Político
10-MG
16h: Belo Horizonte, concentração na Praça Afonso Arinos
11-MS
9h: Campo Grande, será na Praça do Rádio, às 09h,
12-MT
11h: Belém, Praça da República
13-PA
15h: Belém, Praça da República
14-PB
15h: João Pessoa, em frente ao Cassino da Lagoa
15-PE
7h: Recife, concentração no Parque 13 de Maio, depois segue para Av Guararapes,
16-PI
15h: Teresina, na Praça da Liberdade, 15h,
17-PR
17h: Curitiba, Praça Santos Andrade, marcha até a Boca Maldita
18-RJ
15h: Rio de Janeiro, concentração na Cinelândia com todos movimentos sociais e com as centrais sindicais.
19-RN
16h: Natal, em frente à Catedral
20-RS
12/3 – 7h: Canoas, na Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas.
9h: Porto Alegre, concentração em frente ao IPE-RS (Av. Borges de Medeiros, 1945), em defesa do IPE público. Após, concentração no Largo Glênio Peres, no centro da capital,
12h: caminhada rumo à Praça da Matriz.
21-SC
14h: em frente à Catedral
22-SE
9h: Praça Carmerino
23-SP
16h: concentração na Avenida Paulista, 901 (em frente à Petrobrás) e caminhada até a Praça da República
24-TO
15h30 – Concentração no Posto do Trevo 2, caminhada na Avenida Tocantins, em Taquaralto até a Praça da Igreja São Jose



Em tempo:



Conversa Afiada reproduz do Movimento Sem Terra (MST):



AÇÕES JÁ CHEGAM EM 18 ESTADOS E MOBILIZAM MAIS DE 20 MIL SEM TERRA





Ao longo desta semana, o Brasil amanheceu com diversas mobilizações das mulheres camponesas. Até o momento, mais de 20.000 mulheres participaram das ações em 18 estados brasileiros, com marchas, ocupações e trancamento de rodovias.


As mobilizações aconteceram em RS, MA, PR, SP, BA, Bsb, PB, GO, AL, SE, MT, TO, RN, CE, ES, PE, PI, PA. Alguns estados, como RJ, SC e MG realizam ações ao longo desta semana.


As ações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas, em que denunciam o modelo do agronegócio no campo brasileiro e propõem a agroecologia como alternativa ao capital estrangeiro na agricultura.




Leia mais na página do MST.
*ConversaAfiada

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