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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 18, 2015

Os líderes da Itália, Grécia, Chipre, Espanha, Áustria, Hungria e Eslováquia devem se opor às novas sanções contra a Rússia

Bandeiras da Rússia e da União Europeia

Sete países da UE devem se opor às novas sanções contra a Rússia

© Sputnik/ Vladimir Sergeev
MUNDO

Os líderes da Itália, Grécia, Chipre, Espanha, Áustria, Hungria e Eslováquia devem se opor às novas sanções contra a Rússia.
Os líderes europeus que visitaram Moscou recentemente devem se opor às novas sanções contra a Rússia, informou a agência Bloomberg. O presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, esteve em Moscou no fim de fevereiro. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, visitou a Rússia no início de março. No início de abril, o premiê grego, Alexis Tsipras, deverá se reunir com Putin no Kremlin. Esses três países, mais Hungria, Eslováquia, Áustria e Espanha já se posicionaram em outras ocasiões contra as sanções “ucranianas” relativas à Rússia.
“O bloco de países que se opõe às sanções” deve se pronunciar contra novas medidas econômicas relativas à Rússia durante a cúpula da UE, a ser realizada em Bruxelas nesta quinta-feira, informou a agência.
 “É possível que estes países não concordem em prolongar as sanções. Devem adiar a decisão até o último momento possível, quando o prazo das medidas estiver cessando”, disse à agência o diretor de política externa do Centre for European Reform, Ian Bond.
“Parece que a confiança dos países que se opõem às sanções está crescendo”, comentou à Bloomberg o especialista em política externa da UE do Centro de Estudos Políticos Europeus de Bruxelas, Steven Blockmans.
O países europeus e EUA aplicaram as sanções contra Rússia em diversas ocasiões de 2014. Não só sanções econômicas, como também sanções contra uma série de políticos, empresários e empresas, em função do posicionamento russo sobre a crise na Ucrânia. As últimas sanções individuais foram aplicadas pela UE em fevereiro do ano corrente.   
Em 6 de agosto, o presidente da Rússia assinou um decreto sobre sanções econômicas especiais, com intuito de garantir a segurança interna. Foi vedada a importação de uma série de produtos de países que adotaram sanções contra Moscou, com duração de um ano. Fazem parte da lista produtos como carne, queijos, laticínios, entre outros.


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