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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, março 09, 2015

René Amaral

Quem  acompanha o noticiário por meios sérios de comunicação (nenhum deles entre as 4 grandes brasileiras) sabe que o Estado Islâmico tem o mesmo DNA que a Al Qaeda e que o Talibã.

Foram todos criados, em diferentes momentos, para minar e desestabilizar o poderio russo em diversas partes do mundo. Al Qaeda e Talibã no Afeganistão, e Estado  Islâmico na Síria e em várias partes da Chechênia, e da região do Cáucaso. Al Qaeda e Talibã levaram anos pra se tornarem rogue (se rebelarem contra os patrocinadores) já com o EI foi rapidinho.

Execrados até pela Al Qaeda e Talibã por serem demasiadamente sanguinários e incontroláveis, receberam milhões, quiçá bilhões em armas e equipamentos militares. O objetivo, derrubar Assad na Síria.


Insatisfeitos com a merda feita na Líbia, Egito e Iraque e carecendo do conhecimento de história que impediria que o passado se repetisse como farsa, tragédia, comédia e pantomima, eles injetaram fortunas, forneceram fósforo branco e tentaram inclusive jogar a culpa no Assad.

O resultado pode ser visto na tv e na internet eventualmente, quando os homens de preto passam os prisioneiros de laranja (mesma cor usada em Guantanamo) no fio da faca ao vivo e cores horrorosas.

Enquanto isso, no tabuleiro redondo da geopolítica mundial, novas peças são movimentadas sem que os idiotas estadunidenses deem uma olhadinha básica nos livros de história.

Com o auxílio safado dos mesmos islamitas que combatem, dessa vez os Saud (sauditas) eles manipulam o preço do petróleo mundial, mantido artificialmente na casa dos U$ 50 o barril. 


Esse preço inviabiliza a extração de petróleo em alto mar (Noruega quebrando), inviabiliza o gás de xisto (produtores nos EUA arrancando os pentelhos do cu) e torna impossível investir em energias limpas.

De lambuja ainda fragiliza a economia russa e destrói a Venezuela.


De olho na safadeza e aprovando e endossando tudo, Chico, o papalhaço, ainda serve de peão nessa história bancando o santo na aproximação de Obama e Raul Castro, afundando o punhal nas costas da Venezuela.

Nesse meio tempo, a direita estadunidense ainda chama Bibi Netaniahu pra discursar no congresso, querem sangue e chuva de enxofre.

Essa marola ainda deve demorar pra chegar no Brasil, já que ainda importamos petróleo, mas o mundo está em polvorosa.

A solução pra derrubar essa babaquice estadunidense é o recrudescimento e radicalização das ações do EI.

Exprico:

o EI domina várias regiões no Iraque, regiões produtivas de petróleo cheias de poços e refinarias, que eles vendem pra manter o grupo azeitado e funcionando. Os EUA vem evitando bombardear essas regiões para evitar que a canalhice contra Russia e Venezuela dê pra trás.

Com o recrudescimento e radicalização das ações "terroristas", a destruição de patrimônio da humanidade e execuções de jornalistas (argh) e estrangeiros diversos, de repente tio Obama vai se ver obrigado a tomar atitudes explosivas, bombardeando (já que não tem culhões pra invadir) instalações de refino e extração, que a curto  prazo jogariam o petróleo acima dos U$ 100 o barril. 

Por isso conclamo os amigos e leitores, Viva o EI! Viva o Estado Islâmico.

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