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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, dezembro 07, 2010

A Globo disputa o 3º lugar na audiência das TVs




Audiência das emissoras de domingo (5), TV Record liderou
Na semana passada, na noite da última quinta-feira (2), aconteceu algo quase inédito entre as emissoras de TV aberta no Rio de Janeiro: a Globo ficou em terceiro lugar na audiência — o que assinalou fim dos seguidos recordes obtidos com a cobertura da guerra entre polícia e traficantes na cidade.
Quando disputou com A Fazenda, da Record, e A Praça é Nossa, do SBT, a emissora dos Marinho marcou apenas 9,5 pontos, de acordo com o Ibope. Enquanto isso, o canal de Edir Macedo estava no topo da audiência com quase o dobro: 18 pontos. Já o SBT ficou com 11. No período, a Globo apresentou Clandestinos, Afinal, o que Querem as Mulheres? e uma parte do Jornal da Globo.
Um dia antes, a Band empatou ou superou a audiência do SBT entre as 18 horas e a meia-noite. A média no período foi de 6 pontos para a Band ante 4 do SBT (cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP). O pico de audiência do canal no período foi a transmissão da final da Copa Sul-Americana, no jogo entre Goiás e Independiente, que manteve a média de 8 pontos, contra 6 do SBT.
Com foco na cobertura da guerra contra do tráfico no Rio e o assalto a banco no bairro do Morumbi, em São Paulo, o Brasil Urgente manteve a vice-liderança no horário, com 6 pontos em média, ante 5 da Record e 3 do SBT. Já a série Futurama teve sua melhor média desde a estreia, no dia 1º de novembro, com 5 pontos. O SBT teve 3 pontos no horário.
Ontem, domingo (5), a TV Record liderou boa parte do horário nobre deixando a TV Globo em 2º lugar.

Com agências

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