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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 14, 2012


Chuíça (*): para ser cidadão
“tem que pagar”

O Conversa Afiada reproduz comentário do amigo navegante Neuriel:

Neuriel


É por isso que o Minha Casa, minha vida não decola em São Paulo.


Para morar em S. Paulo precisa pagar, diz secretária de Habitação


“Pra morar nesta cidade, pra ser cidadão em São Paulo, que é a terceira maior cidade do mundo, tem que trabalhar, tem que ter um custo e tem que ter condição de pagar. É o preço que se paga pra morar numa cidade como essa. Quem não tem renda a gente pretende começar um processo de desapropriação.” A afirmação foi feita pelo secretaria municipal de Habitação de São Paulo, Maria Cecília Sampaio, para moradores da favela do Coruja, na Zona Norte da capitl paulista.


A secretária municipal é responsável pela Habinorte, uma das regionais daquela secretaria, e deu as declarações durante reunião de trabalho com moradores da comunidade, na subprefeitura da Vila Maria e da Vila Guilherme, bairros da zona norte da cidade. No encontro também estava o chefe do gabinete da subprefeitura Josué Filemom.


Maria Cecília ainda “aconselha” os pobres que a ouviam a procurar cidades menores “para poder aguentar.”


Em fevereiro, um incêndio atingiu a comunidade e deixou mais de 60 famílias desabrigadas. A prefeitura decidiu, porém, que outras 40 famílias também terão de deixar o local, apesar de não terem tido suas casas atingidas pelo fogo.


Nesta terça-feira (13), o promotor de habitação do Ministério Público Estadual, Maurício Lopes, se encontra com para discutir representantes da secretaria paulistana de habitação para discutir o futuro das famílias daquela comunidade.


A prefeitura ofereceu aos moradores inscrição no programa Parceria Social – um auxílio-aluguel de R$ 300 e afirma que estuda um projeto habitacional para a comunidade.


com Rede Brasil Atual



Em tempo enviado pelo amigo navegante Carlos Roberto:

Eu peço “venia” para neste momento dizer do quão vergonhoso é o transporte público em SP seja CPTM ou Metrô, nesta manhã mais uma vez milhares de paulistanos estão sofrendo simplesmente porque os trens não têm manutenção devida e a malha está completamente saturada e o Metrô não cresce como deve. Entretanto ninguém no PIG culpa o PSDB e o governador Geraldo Serra e Covas por 26 anos de INEFICIÊNCIA. Aliás, os vereadores do PT , Deputados e assessores permanecem em seus gabinetes em silêncio são bem em verdade os engomadinhos da USP. Paulistanos acordem desta letargia mental com urgência!



(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico  como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.
*PHA 

Prefeitura diz que para ser cidadão em São Paulo tem que pagar

gilberto-kassabContinuando sua política higienista de exclusão dos menos favorecidos financeiramente, o burguês prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, através da diretora da secretaria municipal de Habitação de São Paulo, Maria Cecília Sampaio, mandou um recado curto e grosso para os pobres: para ser cidadão em São Paulo tem que pagar!
De acordo com a Rede Brasil Atual, Maria Cecília Sampaio, diretora da secretaria municipal de Habitação de São Paulo disse que para ser cidadão na capital paulista, é preciso pagar. Ela dirige a Habinorte, uma das regionais daquela secretaria, e deu as declarações durante reunião de trabalho com moradores da Favela do Coruja, na Zona Norte da capital paulista.
Ainda conforme informa o portal, Maria Cecília disse que "pra morar nesta cidade, pra ser cidadão em São Paulo, que é a terceira maior cidade do mundo, tem que trabalhar, tem que ter um custo e tem que ter condição de pagar. É o preço que se paga pra morar numa cidade como essa. Quem não tem renda a gente pretende começar um processo de desapropriação."
Em sua fala, Maria Cecília ainda "aconselha" os pobres que a ouviam a procurar cidades menores "para poder aguentar."
A reunião com a representante do prefeito Gilberto Kassab (PSD) teve a presença de cerca de 25 moradores do Coruja e aconteceu na subprefeitura da Vila Maria e da Vila Guilherme, bairros da zona norte da cidade. No encontro também estava o chefe do gabinete da subprefeitura Josué Filemom.
Em fevereiro, um incêndio atingiu a comunidade e deixou mais de 60 famílias desabrigadas. A prefeitura decidiu, porém, que outras 40 famílias também terão de deixar o local, apesar de não terem tido suas casas atingidas pelo fogo. Coincidentemente, incêndio em favela de São Paulo sempre vem acompanhado de desapropriação.
Hoje (13), o promotor de habitação do Ministério Público Estadual Maurício Lopes se encontra com para discutir representantes da secretaria paulistana de habitação para discutir o futuro das famílias daquela comunidade.
A prefeitura ofereceu aos moradores inscrição no programa Parceria Social - um auxílio-aluguel de R$ 300 e afirma que estuda um projeto habitacional para a comunidade.
Kassab deixa claro sua intolerância aos pobres e seu grande interesse imobiliário, com a ações que vem sendo tomadas em seu desgoverno na cidade de São Paulo. E para os que duvidam, a polícia militar do Estado já deixou claro sua “eficiência” nesse tipo de operação.
Por: Eliseu 
*Ocarcará

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