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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 07, 2012


Franklin define o PiG.
Banqueiro é algemado


O Conversa Afiada publicou importantes declarações do ex-ministro Franklin Martins sobre a necessisdade de o Governo assumir – enfim ! – a liderança das negociações para aprovar uma Ley de Medios.

Há, ali, no fim do texto, ainda, uma observação que merece ênfase e, além disso, deveria ser tema obrigatório, de aulas nas escolas particulares de jornalismo que, na maioria, formam mauricinhos em busca de emprego em assessoria de banco.

Jornalistas do PiG deveriam meditar sobre o que diz o Franklin.

Aqueles que nao chamam patrão de colega nem sao piores que os patroes, na definicao memoravel de Mino Carta.

Disse o Franklin:

‘Jornalismo independente dos fatos’

Franklin Martins avalia ainda que a imprensa brasileira vive uma séria crise de credibilidade. “O jornalismo no Brasil é o mais independente hoje em dia. Independente dos fatos. Publica o que ele quer.”


Para ele, a liberdade só garante que a imprensa é livre; não garante que ela seja boa. “O bom jornalismo é dependente dos fatos, desagrade quem desagradar. É a cobrança da sociedade que garante a qualidade”, acredita o ex-membro da gestão Lula.


“Não pode ser independente do governo e dependente da oposição, do poder econômico, do Daniel Dantas. A primeira lealdade tem que ser com os fatos.”

Navalha
Sobre o tema, este ansioso blogueiro chama a atenção para a capa do respeitado jornal Financial Times: ex-banqueiro Stanford vai passar decadas na cadeia depois de condenado por roubo de US$ 7 bilhões.
Ele aparece a sair do camburão, devidamente algemado.
Allen Stanford era banqueiro no Texas.
Roubava os clientes, fraudava contas, formava quadrilhas e – que absurdo ! – melava as investigacaoes da CVM americana.
No processo, a própria CVM americana foi criticada duramente, porque demorou muito a processar Stanford e, com isso, protegê-lo.
Onde já se viu uma coisa dessas ?
Stanford tinha uma mania: colecionar ilhas.
E era muito bem tratado pela imprensa texana.
Paulo Henrique Amorim

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