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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, março 08, 2012


Juros a 9%.
Dilma promete e cumpre

Saiu na newsletter do Bradesco :

Copom reduziu taxa de juros em 0,75 ponto percentual O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu na noite de ontem a taxa básica de juros em 0,75 ponto, levando a Selic para 9,75% ao ano.


Foi a maior redução desde junho de 2009. A decisão não foi unânime, 5 votos a favor e 2 contra e, em seu comunicado após a reunião, o Copom afirmou que “dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 9,75% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e dois votos pela redução da taxa Selic em 0,5 p.p.”


Em nossa visão, apesar de breve, o comunicado sinaliza que o processo de afrouxamento monetário seguirá na próxima reunião em abril, sendo que magnitude total do ajuste deve levar a Selic a pelo menos 9% ao final do processo.

Navalha
O Tombini, o Mantega e a Dilma tiraram a política dos juros das mãos do “mercado”.
A Dilma tinha prometido que ia se aproveitar da crise da Urubóloga para reduzir os juros.
E cumpriu.
O (FHC)Farol de Alexandria foi aquele que levou a Selic a 40%, não foi, amigo navegante ?

Paulo Henrique Amorim

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