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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 14, 2012

Obama é cinco vezes mais assassino do que W. Bush

 

Washington – De acordo com as contas da revista norte-americana “Foreing Policy” (“FP”), o atual Presidente dos EUA, Barack Obama, autorizou mais assassinatos de presumíveis terroristas do que o seu antecessor, George W. Bush.
Enquanto a administração de George W. Bush mandava prender os suspeitos de terrorismo na prisão de Guantánamo, em Cuba, a administração Obama, que sempre criticou as detenções ilegais de Guantánamo, prefere mandar matar os suspeitos na origem através de ataques com mísseis teleguiados, conhecidos como “drones”.
“Nos últimos três anos, a administração Obama levou a cabo 239 operações secretas de ataques com ‘drones’, cinco vezes mais do que as 44 aprovadas por George W. Bush”, disse a “FP”.
A mesma revista fez notar que Obama deu mais poderes aos serviços secretos norte-americanos, CIA, do que o próprio George W. Bush, cujo pai foi chefe da CIA. E lembrou ainda que, no seu discurso de aceitação do prêmio Nobel da Paz, em 2009, Barack Obama disse: “Haverá alturas em que as nações – agindo individualmente ou em conjunto – descobrirão que o uso da força não só será necessário, mas também moralmente aceitável”.* Guerra Silenciosa
*comtextolivre

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