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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, março 23, 2012

Quem é o monstro? E quem é o antissemita?

 


Sarkozy acusou o suposto matador de quatro judeus de monstro.
Sim! Todo assassino é um monstro.
Mas, haverá alguém mais monstro que  Sarkozy o assassino de milhares de líbios?
E os líbios são semitas.
Haverá alguém mais monstro que Netanyahu, assassino de milhares de palestinos?
E os palestinos são semitas.
Haverá alguém mais monstro que Obama, assassino de milhares de iraquianos?
E os iraquianos são semitas.
Fica a pergunta.
Quem é o antissemita?
O suposto assassino de quatro judeus, que morreu com mais de 100 disparos e depois se “jogou pela janela?
Que foi liquidado sem julgamento?
Outra pergunta.
Quem saiu lucrando com as mortes das crianças?
Sarkozy.
Assim como também Bush, outro monstro, com o atentado às torres gêmeas.
A mídia precisa parar de insultar a nossa inteligência.
Que seja cúmplice desses governantes criminosos, assuma.
Porque a mídia não investiga o que aconteceu de fato?
Porque ocultou que as primeiras vitimas do suposto assassino eram muçulmanas?
Mais de mil policiais cercaram uma simples morada e não conseguiram prender vivo o suposto criminoso?
Porque o executaram?
E,por favor, não me venham com “cartas e vídeos” acusatórios.
Nós sabemos que isso pode ser “plantado”.
Repetindo a pergunta acima.
Quem é o antissemita?
Os palestinos são semitas.
Os líbios são semitas.
Os iraquianos são semitas.
E todos tiveram seus países invadidos e suas populações massacradas.
Isso não é antissemitismo?
A mídia tem todo o direito de tomar partido.
Mas não tem o direito de enganar seus leitores.
Durante a Inquisição, muçulmanos e judeus eram presos e torturados até que seus acusadores provassem sua inocência.
E naturalmente seus detratores não tinham o mínimo interesse em provar sua inocência já que quando as vitimas acabavam na fogueira, seus bens iam para os seus acusadores.
Qualquer semelhança com o Iraque, Líbia, Palestina, Afeganistão não é mera coincidência.
Quem é o monstro?
Quem é o antissemita?
Quem são o responsáveis pelos atentados?

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