Tênis: Ah, se fosse no Terceiro Mundo...
Bellucci não precisou fazer força para passar de fase. |
José Nilton Dalcim, via Tênis
Brasil
Tenistas abatidos por um surto
virótico? Se fosse em qualquer canto da América do Sul, teria virado o maior
escândalo. Mas lá no Masters 1000 de Indian Wells, nos Estados Unidos, sucessivos
abandonos ainda merecem destaque pequeno no noticiário, uma ou outra ênfase na
desistência de Petra Kvitova (nas duplas), Gael Monfils (nem entrou em quadra)
ou Vera Zvonareva (que não jogou a terceira rodada, mas como anda em má
fase...)
Segundo a imprensa
norte-americana, o vírus que ataca o estômago e causa diarreia e fraquezas já
anda há algum tempo pela Califórnia. E não há nada o que fazer: ele se
transmite pelo ar e não pela água ou pela comida, o que limita muito atitudes
preventivas. Lavar as mãos é quase a única medida possível. Há tenistas
radicalizando: evitam lugares aglomerados e estão comendo o mais longe possível
do torneio.
O russo Nikolay Davydenko foi a
vítima da terça-feira, dia 7. Não aguentou ir para a quadra, já que a ação do
vírus dura de 24 a 48 horas, e classificou automaticamente o paulista Thomaz
Bellucci para as oitavas de final, que fará seu primeiro duelo contra Roger
Federer. Não dá para comemorar, mas ao menos ajudará o número 1 brasileiro a
dar discreta subida no ranking – está no 47º neste momento e com chances
mínimas de ser ultrapassado.
Só me pergunto qual será a
repercussão se o vírus alcançar uma das grandes estrelas.
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