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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, março 24, 2012

Um polícia corajoso



  
 
Ainda bem que temos polícias corajosos a defenderem-nos dos bandidos, o polícia da imagem bem merece uma medalha, é peciso muita coragem para cerrar os dentes, fazer cara de mau e bater numa mulher com as mãos cheias de máquinas fotográficas que lhe permitem ganhar o pão e que por isso tudo faz para evitar que caiam ao chão.
   
É uma pena que polícias tão corajosos estejam a fazer serviços tão comuns, é de homens corajosos como este que a PSP precisa nos bairros problemáticos, aí sim a sua coragem seria bem apreciada.
  
Ainda por cima este "pitbull" é idiota, ao bater desta forma numa jornalista como se o disparo fosse perigoso para a sua integridade física passou para o mundo a imagem de um Portugal parecido à Grécia, tudo o que o governo não quer. Já que o director nacional da PSP ainda não foi demitido, algo que já deveria ter sucedido, deveria chamar este agente e transformá-lo em seu segurança pessoal. Polícias destes já não há muitos, a PSP é cada vez mais exigente na admissão e quando admite cães costuma verificar se têm quatro patas.
*Jumento

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