Dono de jornal é acusado de ter mandado matar Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André
Ronan Maria Pinto (foto), diretor-presidente do jornal Diário do Grande ABC, foi chamado de “bandido”
e “matador” pelo advogado Calixto Antônio Júnior. O empresário nega
envolvimento e afirma que irá à Justiça.
Anderson Scardoelli, via Comunique-se
Na última semana, o advogado
Calixto Antônio Júnior acusou o diretor-presidente do Diário do Grande ABC, Ronan Maria Pinto, de ter envolvimento com o
assassinato de Celso Daniel, então prefeito de Santo André (SP), em 2002.
Segundo o advogado, o empresário mandou matar o político que era filiado ao PT.
A declaração de Antônio Júnior
contra o proprietário do Diário do Grande
ABC foi feita durante seu depoimento à CPI da Câmara de Santo André que
apura supostas irregularidades cometidas no Serviço Municipal de Saneamento
Ambiental de Santo André (Semasa). Apesar do tema discutido pelos vereadores, o
advogado continuou a criticar Ronan Maria.
Além de relacioná-lo com a morte
de Celso Daniel, o advogado afirmou que o executivo extorquiu prefeitos do ABC
paulista, região composta por Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano
do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. “Bandido” e “matador”
foram alguns termos usados por Antônio Júnior para definir o dono de jornal.
Em matéria assinada por Fábio
Martins, o Diário do Grande ABC
ressalta que Ronan Maria não é réu no processo que investiga a morte de Celso
Daniel. À reportagem de seu próprio jornal, o empresário informou que vai
resolver a questão judicialmente. “Minha assessoria jurídica irá acioná-lo na
Justiça”, disse sobre as acusações do advogado.
Ronan Maria também disse que a equipe
da publicação que comanda tem sofrido ameaças por parte de Antônio Júnior. O
empresário de comunicação afirma que o advogado não aceitou as reportagens
publicadas no Diário do Grande ABC. “O
jornal não irá recuar por conta de intimidações. O interesse do leitor será
respeitado.”
Nota do Limpinho: Segundo informações
que circulam na região do ABC, Ronan é dono de seis empresas de ônibus e
começou trabalhando para Constantino de Oliveira, a empresa aérea Gol. Ele
montou um império. Ronan era alvo do Diário
do Grande ABC após a morte do Celso Daniel. Então, ele foi lá e comprou o jornal.
Assim, ele descobriu que mais legal do que evitar que o jornal falasse dele,
ele ainda poderia usar o jornal para seus interesses.
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