Dossiês falsos: Fórmula da Veja em sua prática de antijornalismo
José Sagui Tenório, via Advivo
Veja publicou, por intermédio de Mainardi, dossiê
falso acusando Franklin Martins, ministro da Comunicação Social de Lula. PF
descobre!
Do Blog do Onipresente
PF descobre quem foi que tramou com a Veja os ataques a Martins.
O agente federal aposentado Wilson Ferreira Pinna, lotado na Agência
Nacional de Petróleo (ANP), foi apontado pela Polícia Federal como o autor do
falso dossiê contra o diretor do órgão, Victor de Souza Martins, irmão do
ministro da Comunicação Social, Franklin Martins. O dossiê falsificado foi
usado pela revista Veja para atacar a
ANP e o ministro.
O material falsificado acusava Victor de Souza de aumentar os royalties
das prefeituras que contratavam a empresa Análise Consultoria, que ele tem em
sociedade com a mulher, Joseana Seabra. Pinna foi denunciado na 2ª Vara Federal
Criminal do Rio pelos crimes de interceptação telefônica ilegal e quebra de sigilo
fiscal dos irmãos de Vitor, inclusive do ministro.
Após a revista Veja divulgar
o dossiê em abril [2009],
primeiramente através da coluna de Diogo Mainardi e posteriormente em matérias
da própria revista, o Ministério Público Federal constatou que o documento não
estava no inquérito da Delegacia Fazendária, que apura corrupção nos repasses
de royalties. A inexistência do dossiê levou o superintendente da PF no Rio,
Angêlo Gioia, a abrir novo inquérito.
Em maio, a PF descobriu um pendrive com o falso dossiê, as declarações
de renda obtidas ilegalmente e as transcrições de gravações telefônicas. Não se
sabe ainda qual jornalista da revista Veja
recebeu o pendrive, mas os policiais identificaram Pinna como o autor.
Por meio de representação à juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª
Vara Federal, onde tramita o inquérito, foi pedida a prisão do agente, além de
busca e apreensão na sua casa e na ANP.
O pedido foi para as mãos do juiz Rodolfo Kronemberg Hartmann, da 2ª
Vara Federal, que não analisou o caso, provocando um conflito de competência.
Tudo parou até 15 de julho, quando o Tribunal Regional Federal (TRF) decidiu
que a competência é da 2ª Vara. Após negar pedido de prisão, Hartmann intimou
Pinna a apresentar sua defesa, antes de decidir se aceita a denúncia.
Ontem, procurado pelo Estado, Pinna reclamou da divulgação do caso por
conta do segredo de Justiça e depois se apegou na rejeição do pedido de prisão
para se defender. Vitor repetiu o que falou na Comissão de Minas e Energia da
Câmara dos Deputados: “Quero justiça, saber quem fez essa investigação
criminosa, a mando de quem, quem pagou e com qual objetivo.”
Em seu blog, o jornalista Luis Nassif afirma que a lógica deste novo
episódio do dossiê contra Martins é a mesma que descreve na série de matérias
que desmascaram a revista Veja (clique aqui),
especialmente no capítulo “O lobista de dantas”. “Primeiro, o lobista passa o
dossiê para Diogo Mainardi. Ele escreve, Veja
garante o espaço. Não é uma ou duas vezes, é mais que isso, é sistemático”,
denuncia Nassif.
Leia também: Os
interesses de Veja e Cachoeira na educação
*Limpinhoecheiroso
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