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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, abril 08, 2012

Editor da revista Veja estaria envolvido com Demóstenes e Cachoeira @Veja - @rede_globo


Corrupção no Senado
Editor da revista Veja estaria envolvido com Demóstenes e Cachoeira
Editor-chefe da revista antecipava informações para Cachoeira; a revista teria promovido a denúncia ao "Mensalão" por favor a Demóstenes
6 de abril de 2012
A Operação Monte Carlo, que investiga a corrupção no Senado Federal, envolvendo o Senador Demóstenes Torres, flagrou 200 telefonemas entre Carlinhos Cachoeira contraventor ligado à distribuição de máquinas caça-níquel e Policarpo Júnior, editor da revista Veja.
De acordo com o teor dos telefonemas, o editor da Veja antecipava informacoes a Cachoeira.
No meio das investigações, descobriu-se algo que pode ser estarrecedor: o Mensalão teria sido fabricado pela própria revista Veja.
Tudo ocorreu por causa de um desafeto entre Demóstenes Torres e José Dirceu (PT). Demóstenes deveria ser indicado para secretário da segurança nacional, mas teria de filiar-se ao PMDB para alcançar o posto. Estava inclinado a fazê-lo, mas José Dirceu vetou a indicação de Demóstenes. Em represália, Demóstenes teria fabricado a denúncia do Mensalão.
O Mensalão, como se sabe, era um esquema que envolvia o pagamento de propina aos parlamentares para que votassem nas propostas do Governo. Isso ocorreu no início do primeiro mandato de Lula. A denúncia produziu um escândalo que acabou com a carreira política de alguns petistas, como José Genoíno. Dirceu, por sua vez, teve de retirar-se de cena e passou a agir nos bastidores.
Mais:
*Ajusticeiradeesquerda 

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