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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, abril 18, 2012

Grandino Rodas, o bárbaro da USP

Por Cynara Menezes, na CartaCapital:

Imaginem um lugar com cerca de 110 mil habitantes e quase 5 milhões de metros quadrados, todo cercado, com um administrador que toma decisões sem ouvir ninguém, que recorre à repressão policial e ao banimento de dissidentes e utiliza espiões para se manter informado da atividade dos adversários. Não, não se trata de nenhuma republiqueta de bananas, mas da maior universidade do País, a USP, sob a governança do reitor João Grandino Rodas, também conhecido no campus como “o rei”.

Bancos não abrem mão da agiotagem

Por Wagner Gomes, no sítio da CTB:

A presidenta Dilma acertou na mosca ao criticar os juros extorsivos cobrados pelo sistema bancário nacional, que são os mais altos do mundo. Apesar da redução da taxa básica (Selic) promovida pelo Banco Central, o chamado spread bancário, que significa a diferença entre o que as instituições pagam para captar dinheiro e a taxa de juros que cobram nos empréstimos a empresas e consumidores, permanece nas alturas.

Fidel elogia Dilma e ironiza Obama

Do sítio Vermelho:

Em mais uma reflexão sobre a Cúpula das Américas que se realizou em Cartagena, Colômbia, o líder da revolução cubana, Fidel Castro, em texto publicado neste domingo (15) sob o título “Realidades edulcoradas que se afastam”, diz que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, parecia “ausente” e que a brasileira, Dilma Rousseff, apresenta as questões com “autoridade e dignidade”.

Veja parece japonês perdido no mato

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Meu médico recomendou dieta. E evitar estresse. Por isso, abstive-me da leitura de ”Veja” no fim-de-semana. Foi um erro. Era chance de desopilar o fígado. Até pelo humor.

Recebo dos leitores, desde sábado, trechos da “reportagem”. Na abertura de um dos parágrafos, parece haver uma metáfora colossal sobre “formigas e feromônios”. Deve ter sido obrada pelos mesmos editores que acreditaram no “Boimate” – piada de primeiro de abril publicada pela revista dos Civita, como se fosse pesquisa séria…

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