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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, abril 14, 2012

Lula de volta aos braços do povo


Hoje o presidente Lula retornou aos braços do povo, na inauguração do primeiro Centro Educacional Unificado (CEU) de São Bernardo do Campo, que tem o nome de Regina Rocco Casa, em homenagem à mãe da D. Marisa Letícia.

Lula agradeceu à homenagem prestada pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, e falou que “a mãe da Marisa, como tantas outras mães, são daquelas figuras anônimas que ajudaram a construir São Bernardo do Campo”.

A presidenta Dilma também foi lembrada. Lula disse que ela estaria no evento não fosse a viagem à Colômbia para participar da Cúpula das Américas, e completou: “Eu acho que a Dilma é outra coisa boa que aconteceu pro país ... Assim como eu provei que não precisa de uma pilha de diploma para governar e saber cuidar de pobre, a Dilma vai provar que a mulher não tem nada de inferior ao homem”.

Lula, que ainda faz exercícios de fonoaudiologia para a voz, disse esperar, em 15 ou 20 dias, estar liberado para se dirigir aos companheiros e companheiras de todo Brasil e ”ajudar o nosso partido a continuar crescendo e elegendo pessoas como o Marinho, como o Fernando Haddad, como o Oswaldo, como o Mário Reali, como Grana, e como tantos que nós temos que eleger no Brasil inteiro”.
A senadora Marta Suplicy (PT), que lançou o programa dos CEU's quando foi prefeita São Paulo, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, Lula, D. Mariza, o ex-ministro da educação Fernando Haddad com a esposa.
*osamigosdopresidentelula

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