Capa sem-vergonha da Veja joga fumaça para abafar CPI do Cachoeira e da Privataria Tucana
Êta capinha sem-vergonha essa da revista Veja!
Haja cara-de-pau! É a revista que está fazendo cortina de fumaça para abafar seu próprio rolo com a organização criminosa de Carlinhos Cachoeira.
Quer dizer que se depender da revista não se pode apurar mais corrupção nenhuma no Brasil, pois o monopólio do noticiário tem que ser só o surrado "mensalão"?
A revista Veja quer passar mais 20 anos com a notícia de uma nota só do "mensalão" para abafar a CPI do Cachoeira, a CPI da Privataria Tucana, e todo tipo de corrupção tucana e da própria imprensa corrupta, até prescrever seus crimes.
Quando pensamos que a revistinha iria trazer na capa pelo menos a "novela Agnelo" que o Jornal Nacional vem dramatizando para intimidar o PT... mas nem isso ela teve coragem, porque afinal acabaria reforçando a necessidade de uma CPI para esclarecer tudo sobre os tentáculos de Carlinhos Cachoeira.
Essa capa é uma vergonha perante seus próprios fãs que tem mais de dois neurônios, pois mostra confissão de culpa de estar enrolada até o pescoço com a quadrilha de Cachoeira, e ainda se acovarda perante seus fãs demotucanos ao fugir da briga, não atacando petistas na CPI do Cachoeira.
Aliás, republicar notícia de 2005, só reforça a idéia de que a revista ficou acéfala em seu denuncismo, com a prisão do pauteiros Carlinhos Cachoeira, e dos arapongos sargento Dadá e Jairo Martins.
A única explicação para essa capa sem-vergonha é DESESPERO!
Quem tem medo da verdade sobre o "mensalão"?
- O fato jornalístico novo no "mensalão" são as declarações do ex-prefeito de Anápolis Ernani de Paula. Vejam bem que são declarações de quem tinha a mulher como suplente do senador Demóstenes Torres, portanto conhecedor dos bastidores das articulações políticas goianas. O que justifica a velha imprensa ter dado tanta ênfase à entrevista de Roberto Jefferson quando inventou o termo "mensalão", e nenhuma ênfase na entrevista de Ernani de Paula, que revela as origens do grampo nos correios?
Detalhe: Ernani de Paula não é nenhum petista. Além de ex-correligionário de Demóstenes, foi sócio do ex-ministro tucano de FHC Pimenta da Veiga, teve uma fazenda usada como locação para novela da TV Globo, e foi amigo de juventude de Aécio Neves, inclusive já dividiram apartamento em Belo Horizonte, quando Tancredo foi governador de Minas.
- A entrevista de Ernani de Paula não "mela" propriamente o mensalão, mas traz fatos novos que todo o mundo jornalístico tem obrigação de se interessar para esclarecer a verdade. A entrevista, obviamente não apaga a existência de Marcos Valério da história, mas traz fatos novos das tramas e tramóias políticas. Por que ter medo de descobrir a verdade? Por que desmascara tucanos e veículos da imprensa.
- O "mensalão" não precisa "melar". Ele já está melado de nascença. Ali construiu-se um enredo que não existe. Pegou-se diversos ilícitos soltos de diversos políticos, inclusive o valerioduto que era "pau para toda obra" de caixa-2 de campanha, dinheiro de Daniel Dantas e outras coisitas mais, inclusive tucanas em sua maioria, e jogaram tudo num balaio só como se fosse um inexistente sistema único de compra de votos parlamentares. É como se pegasse vários delitos de políticos do PSDB e denunciasse Sergio Guerra, Aécio Neves, FHC, José Serra, Geraldo Alckmin por formação de quadrilha.
- O "mensalão" já passou pela CPI dos Correios e dos Bingos, processos nos Conselhos de Ética, devassa da Polícia Federal, CGU, Receita Federal, já foi denunciado pelo Procurador-Geral da República e o processo já está correndo no STF e será julgado. Já teve milhares de reportagens e "reporcagens" a respeito, e terão outras, sim, inclusive tendo que admitir a inocência de quem sairá inocentado. Mas noticiar isso não impede ninguém de noticiar nem de abrir CPI do Cachoeira, da Privataria Tucana, das propinas na Suíça para da Alstom e Siemens para tucanos paulistas, de noticiar o mensalão do Eduardo Azeredo (do PSDB mineiro), etc.
- A não ser os demotucanos e o PIG (*) com interesses eleitoreiros na urgência em julgar o "mensalão" em ano eleitoral para produzir manchetes a serem exibidas no horário eleitoral gratuito, há muito mais urgência de interesse público (inclusive para reaver bilhões desviados) em cobrar do STF a reabertura dos processos da operação Satiagraha, da Castelo de Areia, das propinas da Alstom e Siemens para tucanos paulistas, de apurar as roubalheiras na Privataria Tucana, coisas que nuncas sofreram uma devassa, pelo contrário, fazem tudo para abafar, ao contrário do que ocorreu com o "mensalão".
(*) PIG: Partido da Imprensa Golpista.
*Osamigosdopresidentelula
Mas o Policarpo é o dono da Veja?
“Acostumada a provocar CPIs, a revista Veja está prestes a se tornar
protagonista de uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso
Nacional. Tudo em função das estreitas ligações entre o redator-chefe
da revista, Policarpo Júnior, e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Os
dois trocaram mais de 200 telefonemas no último ano. Em conversas
interceptadas pela Polícia Federal, Cachoeira se vangloriou de ter
repassado diversos furos de reportagem ao jornalista – muitos deles,
fruto de grampos ilegais. Num outro diálogo, o bicheiro deu ordens a um
assessor para que buscasse Policarpo no “aeroporto pequeno”, num
indício de que talvez tenha mandado um avião particular buscá-lo.
Por essas e, possivelmente, outras contidas nas duas centenas de diálogos gravados entre Policarpo e Cachoeira,segundo o 247, ” nesta
sexta-feira, discutiu-se na Abril se a melhor saída não seria o
afastamento de Policarpo – ainda que temporário – para tentar estancar o
problema.”
É duvidoso que tome este caminho, ao menos por enquanto. A Veja deste
final de semana é a prova de que, embora pouco sustentável, o caminho
da revista será o mesmo que seus comandados da mídia já vinha
experimentando ao longo da semana.
Como não dava para, como na edição anterior, escapar de novo pela tangente, a conversa da cortina de fumaça foi a saída.
Ainda não tive acesso ao conteúdo, mas já sei que a revista “culpa”
Lula – como também se adiantou aqui – pelo escândalo, como se o
ex-presidente fosse o mentor de uma investigação que – não é, Dr.
Gurgel? – está parada há tento tempo.
E o Estadão “psicografa” o conteúdo de uma conversa privada entre Lula e
Dilma, na qual, claro, a presidente pediria ao “malvado” Lula que não
fizesse isso, não…
Dá para compreender o ridículo da estratégia da mídia conservadora?
Se não há nenhuma ligação entre Cachoeira, Demóstenes, seus agentes na
imprensa e o dito “mensalão”, em que este poderia ser “cortina de
fumaça”?
Em que um homem recém saído de uma dolorosa e massacrante terapia de
câncer, cujos passos e encontros têm sido públicos e fartamente
divulgados, poderia estar conspirando contra os fatos? Sim, porque nem
com uma Polícia Federal tucana e com os radinhos Nextel fajutos que o
Cachoeira achava serem à prova de grampo, isso poderia estar
acontecendo…
Mas Veja tem lá sua razão. Há mesmo uma cortina de fumaça.
É a dos que não querem que se investigue – ou já antecipam uma
desqualificação da CPI – os subterrâneos das conspirações da oposição
contra os dois governos Lula e, agora, o governo Dilma.
E essa vai aparecer, porque é impossível separar a atuação de Cachoeira
e suas pressões da sua ligação, da sua associação íntima com a Veja – que é uma espécie de quartel-general do “Comando Marrom” .
Nela, Policarpo Júnior era apenas o elo, porque por mais poder interno
que tivesse, não tem autonomia para conduzir, por anos a fio, a linha
assumida pela revista, embora a ela se prestasse a servir com indizível
prazer.
A cortina de fumaça está mesmo lá.
O elo Policarpo conduz ao comando deste sistema de mídia que domina o país.
Talvez aí, de verdade, esteja a verdade da profecia de Carlinhos
Cachoeira, na frase em que disse que, com o material que por oito anos
“plantou” na Veja, estava “limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho pro Brasil”.
Sim,o bicheiro talvez termine por fazer isso.
Cachoeira pode mesmo levar a Veja de roldão.
Fernando Brito*Tijolaço
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