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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, abril 15, 2012

Não seja bem vinda senhora Hillary Clinton

 

Hillary Clinton chega ao Brasil na segunda feira.
Ao contrário do que muitos pensam a menor preocupação dela é a Síria e o Iran.
Ele quer mesmo é derrubar o presidente da Venezuela Hugo Chaves.
Para desgastar os países de Semíramis e de Ciro, basta a Turquia, cujos governantes não se cansam de lamber as botas do Império.
Os governantes turcos sempre tiveram moral de esgoto, falam e falam, mas jamais agem.
A não ser quando se trata de armênios.
Ou alguém já esqueceu do verdadeiro holocausto  de que foi vitima a população do país, primeiro a reconhecer o cristianismo como religião?
A senhora e mal-amada Clinton vai pressionar a senhora Dilma para se afastar da Republica Bolivariana,agora que o presidente Chávez se encontra em convalescença.
Espero, sinceramente, que a senhora Dilma coloque essa visitante em seu devido lugar.
Faça como fez o presidente Lula.
Que se livrou dos chanceleres que costumavam tirar os sapatinhos por ordem de funcionários de quinto escalão quando entravam nos Estados Unidos.
Que a senhora Dilma retribua com a mesma gentileza que lhe proporcionou o capitão-do-mato Obama.
O Brasil não precisa de visitantes do naipe dessa senhora que não pode ver um salão oval que fica histérica.
O Brasil não precisa de visitantes que vêm semear o ódio.
O Brasil está acima dessa gente que só entende a diplomacia do tacape.
Não seja bem vinda senhora Hillary Clinton.

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