A
CPI mista do Cachoeira nem começou mas já pega fogo nos bastidores – em
especial, nos corredores da Câmara. Um roteiro com ingredientes de
cena policial ganhou o sétimo andar do Anexo 4 da Casa. Indignados com
um cartaz pró-CPI na porta do gabinete do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP),
ex-delegado da PF e entusiasta da instalação, dois deputados tucanos o
arrancaram da porta e jogaram no chão, irados. Tratam-se de ninguém
menos que o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), e o
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). Protógenes só soube quando pediu à
Polícia Legislativa o vídeo do circuito interno de TV do corredor. Mas
não prestou queixa à Mesa Diretora.
Constrangido e
incrédulo, Protógenes não procurara, até ontem à noite, os parlamentares
para pedir explicações. Um assessor acompanhava os deputados na hora
do ‘ataque’.
Pelo vídeo e sequência
de fotos, fica clara a atuação do trio na porta fechada do gabinete do
deputado, durante o dia. Guerra indica e Marinho puxa o cartaz.
Procurada pela coluna, a assessoria de Guerra ainda não se pronunciou. Protógenes cita um cartaz da CPI do Cachoeira, e o deputado Marinho reconheceu
que tirou o cartaz pró-CPI da Privataria Tucana da porta, o que se
lembra. Disse que foi um “ato político” e que isso aconteceu há algumas
semanas, embora Protógenes tenha tido acesso aos vídeos ontem. Lamentou
que os deputados colem nas portas cartazes de ataques institucionais,
como o que considerou o do deputado comunista.
*Mariadapenhaneles
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