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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, abril 13, 2012

O Globo” assume a oposição com unhas e dentes, ataca o PT e defende seus aliados no escândalo Demóstenes-Veja-Cachoeira


 
Por Davis Sena Filho — Blog da Dilma
 
 
No dia de hoje, o jornal “O Globo” faz jus ao seu passado golpista e mostra suas garras lacerdistas e seus dentes militaristas de pré, durante e pós 1964. A manchete imprudente e manipuladora de hoje, em letras garrafais, não apenas tenta incluir o PT na lama do Carlinhos Cachoeira, revista “Veja” (Policarpo Jr.) e Demóstenes Torres, bem como inclui o governador petista do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
Além disso, as manchetes internas, que noticiam sobre o escândalo Cachoeira começam na página 3 e terminam na página 10 (oito páginas dedicadas ao caso), com direito a uma intervenção, na página 4, do “imortal” e “gênio” do jornalismo comercial e privado, o colunista Merval Pereira. Com isso e por causa disso, o “O Globo” entra de cabeça, de corpo e alma nesse escândalo rumoroso, que coloca em xeque a imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) e políticos de Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais — por enquanto.
O “O Globo” precisa, como os vivos precisam de oxigênio, manter intacto o caso “Mensalão”, que, juridicamente, nunca foi provado e comprovado. O escândalo midiático de 2005 e que visava derrubar do poder o presidente trabalhista Luiz Inácio Lula da Silva é a única coisa que restou para a oposição partidária retratada nos partidos PSDB neoliberal, DEM (o pior partido do mundo) e o PPS, agremiação anã, desimportante e que envergonha os comunistas e socialistas de outrora vivos ou mortos.
Para salvar o que resta de credibilidade na imprensa burguesa de perfil hegemônico e monopolista, o “O Globo” e seus “capitães do mato” dão continuidade à ditadura da imprensa e do pensamento único ao darem conotações levianas e manipuladas sobre o caso Cachoeira com o objetivo de desviar a atenção da sociedade brasileira para os crimes cometidos pelos seus aliados do DEM e do PSDB que foram gravados pela Polícia Federal, a cometer delitos em uma delinquência que deixaria o bandido Al Capone com inveja ou envergonhado.
A “Veja”, a revista porcaria, cujo editor-chefe em Brasília conhecido como Policarpo Jr. foi gravado mais de 200 vezes a falar com Carlinhos Cachoeira e outros criminosos do bando, está em maus lençóis. Nas últimas semanas, a publicação do Roberto Civita, que faz o verdadeiro jornalismo de esgoto, tem se dedicado a assuntos amenos e suas capas são de uma leveza tão cândida que fica muito difícil acreditar que tal pasquim de péssima qualidade editorial e jornalístico é autor e mentor das capas mais agressivas, sujas, manipuladoras e mentirosas da imprensa privada brasileira nos últimos dez anos. O caso Demóstenes-Cachoeira calou a “Veja”, também conhecida pela alcunha de detrito de maré baixa.
O “O Globo” percebeu que políticos aliados da imprensa burguesa e publicações de extrema direita como a “Veja” precisavam de uma “mãozinha”, uma ajuda substancial, e foi o que fizeram os irmãos Marinho e seus editores e colunistas nas pessoas de Ascânio Seleme, Merval Pereira e outros menos cotados na hierarquia global. Os repórteres do diário carioca arregaçaram as mangas e foram à luta, a cumprir uma pauta na qual o propósito é desviar a atenção do público para o caso Demóstenes-Cachoeira-Veja e afirmar em manchetes alarmistas, retiradas propositalmente de um contexto maior, que a CPI do Cachoeira, que ainda não foi criada, tem a finalidade de ser uma “Operação abafa mensalão”.
Mentira na veia e manipulação da verdade. A CPI do Cachoeira, de acordo com o que já foi publicado pela imprensa e veiculado nas televisões a ter como base as gravações da PF, poderá atingir uma rede de tráfico de influência, de contravenção, de financiamento ilegal de campanhas políticas, de espionagem ilegal, além de outros crimes que elencam o Código Penal brasileiro.
A verdade é que com a CPI poder-se-á comprovar se o mensalão, que nunca foi provado juridicamente e que foi negado no STF pelo pivô do escândalo, o ex-deputado Roberto Jefferson, existiu ou não. O que se sabe é que tal episódio tinha a finalidade de derrubar do poder o ex-presidente Lula. É o que se fala e o que se ouve há anos nos meios políticos e jornalísticos, e por isso se torna necessário que a CPI do Cachoeira que também deveria ser também chamada de “Veja” e Demóstenes seja criada a fim de que toda essa lama seja revolvida para o Brasil saber quem realmente chafurda na corrupção e no crime.
O “O Globo”, edição desta quinta-feira, dia 12 de abril, esmerou-se em seu papel oposicionista aos governos trabalhistas de Lula e Dilma. São nove manchetes que atacam frontalmente o governo, o PT e até mesmo personagens de um passado recente, que se defendem na Justiça e ainda não são considerados culpados. É o “O Globo” desesperado, porque a família Marinho e seus empregados de poder e mando sabem que o “Mensalão”, que ainda, ressalto, não foi comprovado que existiu, conforme os escaninhos da Justiça, é o único “trunfo” que a direita midiática e a direita partidária tem, afinal a presidenta Dilma Rousseff, conforme pesquisa CNT/Ibope tem 77% de aprovação e somente um tsunami político poderia apeá-la do poder ou não ser reeleita.
A imprensa golpista brasileira e que odeia o Brasil, mas não abre mão de ganhar dinheiro nessas plagas através da força de trabalho dos brasileiros, quer melar o jogo e com isso dar fôlego a quem ela apoia até as eleições de outubro, principalmente as de São Paulo, que se transformou em um enclave tucano que é umbilicalmente ligado ao “O Globo”, ao “Estadão”, à Folha de S. Paulo”, à “Veja” e à TV Globo. Se não fosse o Partido da Imprensa, os tucanos neoliberais e “mauricinhos” nem apareceriam para a população brasileira, por ser enorme a rejeição àqueles que venderam o Brasil e não criaram empregos para o povo. O problema das Organizações(?) Globo é a eleição de São Paulo. É a única coisa que eles tem e contam com isso.
A direita no Brasil morreu e esqueceram de enterrá-la. Sugiro que ressuscitem o Plínio Salgado e o Carlos Lacerda ou que corram para os quartéis, porque sabemos que vivandeiras dos quartéis nunca perdem seus costumes anticonstitucionais, criminosos e golpistas. Acontece que a CPI vai ser criada e a carapuça vai cair como luva na cabeça da imprensa. É isso aí.
*Oterrordonordeste

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