Prefeito do DEMO cancela Festival de Cinema de Paulínia, um dos maiores do país. Para os DEMOtukkkanos, cultura popular se resume ao jogo do bicho
O da esquerda é José Pavan Junior, salafrário manjado,
inimigo da cultura, incompetente e autoritário. O do centro dispensa
apresentações. De tão néscio, Pavan comprou briga até com a direita,
clique aqui e
confira. Somos pela manutenção do Festival do Cinema de Paulínia, e fora
com toda a quadrilha DEMOtukkkana da política nacional.
Grupo tenta manter Festival de Paulínia
Cancelamento do evento foi anunciado na última sexta-feira pelo prefeito José Pavan Junior
Uma
frente formada por cineastas e produtores está elaborando um projeto
alternativo para tentar viabilizar a realização do 5º Festival de
Paulínia. O cancelamento do evento foi anunciado na sexta pelo prefeito
José Pavan Junior, que declarou que a verba do festival será aplicada na
área social.
A
decisão gerou protestos e a mobilização da classe cinematográfica, além
de uma carta da Associação Brasileira dos Críticos de Cinema e de um
abaixo-assinado online. A frente pró-Paulínia 2012, que já conta com
cerca de 200 membros, foi idealizada pelos produtores do festival e tem
participação de entidades como a Associação dos Produtores de Cinema de
Paulínia e de profissionais como Ivan Melo, ex-diretor e atual
consultor do evento, além de apoio de cineastas de todo o País.
Na
sexta, após reunião com os produtores locais, uma comissão decidiu
elaborar uma carta de posicionamento em relação ao cancelamento do
festival. O documento virá a público amanhã (quarta) e, entre outras
considerações, propõe alternativas para que o festival ocorra este ano.
"O
que queremos é abrir o diálogo com o prefeito e mostrar o quanto o
festival é importante não só para a cidade mas para todo o Brasil. Vamos
propor alternativas para, juntos, encontrarmos uma maneira de realizar o
festival. Vamos manter a essência, a qualidade cinematográfica, mas
talvez contando com a colaboração de todos para cortar gastos, recebendo
talvez menos pessoas, alocando os convidados em hoteis mais em conta
etc", explica Rafael Salazar, um dos porta-vozes da comissão.
"Não
temos interesse político. Somos movidos pela paixão pelo cinema.
Queremos valorizar o festival e o pólo. Há gente que, como eu, formou-se
no pólo, começou do zero e hoje já tem dezenas de filmes no currículo. É
uma oportunidade única. Hoje há mais de dez produtoras de cinema de
Paulínia, além do Cineclube, que está sendo criado, e tantos outros
profissionais", completou Salazar.
Em
um primeiro momento, o projeto de execução do evento utilizaria o
aporte inicial de R$ 500mil (R$ 3 milhões a menos do que o alegado pela
atual diretoria e R$ 9,5 milhões a menos do que o alegado pela
prefeitura). A quantia, que deve ser doada por uma empresa da região de
Paulínia, deverá ser distribuída entre a premiação e a realização do
evento. A priori, cerca de R$ 100mil devem ser utilizados para premiar o
melhor longa-metragem e R$ 10 mil serão destinados para o melhor curta.
O restante deverá ser aplicado na produção e infraestrutura. Verba
adicional poderá vir a ser captada por meio de investimentos de outras
empresas.
Com
isso, a frente pró-Paulínia 2012 pretende manter a força do festival,
que já figura entre os mais importantes do País e poderá ser retomado
oficialmente em 2013 pela próxima gestão. “A classe cinematográfica e a
população têm o papel de pressionar o prefeito Pavan, para que ele
entenda a importância do festival”, declarou Tatiana Quintella, que já
foi secretária de Cultura da cidade e idealizou o Polo Cultural e
Cinematográfico de Paulínia.
Criado
pelo ex-prefeito Edson Moura, que concorre à prefeitura este ano contra
Pavan (que tenta a reeleição), o festival é o principal evento do polo
cinematográfico também criado por Moura, e que já investiu na produção
de 40 filmes.
Apesar
do cancelamento do evento, Pavan garantiu que os investimentos do pólo
se mantêm. O edital de longas e curtas, que deveria ser anual, ainda não
foi anunciado, o que, segundo o prefeito, deve ocorrer em junho. A
demora causou apreensão. “É algo que nos deixa de fato com receio. Mas
Paulínia tem importância nacional e local. O que for preciso para que
este festival não morra, vamos fazer”, declarou a produtora Vânia
Catani. Está também programada uma reunião dos produtores locais com o
prefeito para, entre outras reinvindicações, solicitar a cessão do
Teatro Municipal de Paulínia durante os dias em que o festival
ocorreria, de 21 a 28 de junho.
O
ex-Secretário de Cultura da cidade, Emerson Alves, não quis conceder
entrevistas nem comentar sua exoneração, anunciada no fim de semana. O
novo secretário ainda não foi definido.
*Cappacete
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