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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, abril 15, 2012

Santos F.C.: 100 anos, um por um, e outras curiosidades

 

 


Via Conteúdo Livre com informações do Limpinho
No sábado, dia 14 de abril de 2012, o alvinegro praiano completa seu 100º aniversário com muitas glórias e emoções. Como diz o hino oficial do Santos: “Nascer, viver e no Santos morrer é um orgulho que nem todos podem ter”.
De modo geral, todos os grandes clubes de futebol têm uma boa história para contar. Luta, perseverança, superação, conquistas e glórias pontuam muitas delas. Porém, um clube conseguiu um feito único na história do futebol mundial: parar uma guerra.
Fevereiro de 1969
O Santos, bicampeão mundial, era a maior atração que se podia imaginar quando o assunto era futebol. Uma constelação de craques, capitaneados por sua estrela-maior, Pelé, excursionava pelos quatro cantos do mundo encantando multidões. O comércio fechava as portas e os estudantes faltavam às aulas para ver “o maior espetáculo da Terra”. Lamentavelmente, ao chegar no Congo Belga – atual República Democrática do Congo –, a equipe encontrou um país em guerra. Mas, naquele dia, grupos rivais de Kinshasa e de Brazzaville interromperam o confronto para que as cidades pudessem assistir aos jogos dos “embaixadores do futebol”. Gilmar, Rildo, Lima, Pelé, Edu e companhia garantiram o espetáculo em terras africanas.
História
O Santos F.C. foi fundado em 14 de abril de 1912, por iniciativa de três esportistas – Francisco Raymundo Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Junior –, que convocaram uma assembleia na sede do Clube Concórdia (localizado na Rua do Rosário nº18), para a criação de um time de futebol da cidade. Durante a reunião de fundação, surgiram várias sugestões de nome como Concórdia, África, Brasil Atlético, dentre outros. Mas os participantes da reunião aclamaram, por unanimidade, a proposta de Edmundo Jorge de Araújo: a denominação Santos Foot-Ball Club.
A primeira apresentação do time, considerada como jogo-treino, ocorreu em 23 de junho de 1912, no campo da Vila Macuco, contra um combinado local. O confronto foi vencido pelo Santos pelo placar de 2 a 1, com gols de Anacleto Ferramenta e Geraule Ribeiro. O time entrou em campo com: Julien Fauvel; Simon e Ari; Bandeira, Ambrósio e Oscar; Bulle, Geraule, Esteves, Fontes e Anacleto Ferramenta.
O primeiro jogo oficial aconteceu apenas em 15 de setembro de 1912. O Santos venceu o Santos Athletic Club (atual Clube dos Ingleses) por 3 a 2, no campo da Avenida Ana Costa, 22 – local onde hoje se encontra a Igreja Coração de Maria. O primeiro gol do confronto foi marcado por Arnaldo Silveira (que tinha o apelido de Miúdo). O tento é considerado o primeiro da história do clube. Os outros dois gols foram anotados pelo próprio Miúdo e por Adolpho Millon Júnior. O time estreante entrou em campo com a seguinte formação: Julien Fauvel; Sidnei e Arantes; Ernani, Oscar e Montenegro; Millon, Hugo, Nilo, Simon e Arnaldo Silveira.
Já no início de 1913, o Santos recebeu um convite da Liga Paulista de Futebol para disputar o campeonato estadual daquele ano. Esta foi a primeira competição oficial disputada pelo clube. A estreia aconteceu no dia 1º de junho, diante do Germânia. O resultado, porém, não foi nada animador: derrota por 8 a 1. O Santos jogou com Durval Damasceno, Sebastião Arantes e Sydnei Simonsen; Geraule Ribeiro, Ambrósio Silva e José Pereira da Silva; Adolfo Millon, Nilo Arruda, Anacleto Ferramenta, Harold Cross e Arnaldo Silveira.
Desde os primeiros anos de existência, o time de futebol do Santos obteve êxitos memoráveis, tanto em jogos locais como internacionais. Seu primeiro título de campeão paulista aconteceu em 1935, dois anos após o profissionalismo futebol brasileiro. Neste ano consagrou-se o primeiro artilheiro do Santos, Araken Patusca, irmão do atacante Ary, que anteriormente havia defendido o alvinegro praiano.
As cores do clube
Certamente, a grande maioria dos torcedores não imagina que, em seus primeiros meses, o clube era tricolor, tendo como cores oficiais branco e azul, com frisos dourados.
Na prática, porém, os dirigentes do Santos encontravam enormes dificuldades para confeccionar camisas e calções nessas cores. Esse problema fez com que esse assunto sempre fosse questionado.
Quase um ano depois da fundação, em 31 de março de 1913, ficou decidido que o uniforme seria calção branco e camisa listrada de branco e preto e a bandeira do clube passaria a ser “branca, diagonalmente atravessada por um faixa preta com as iniciais do Clube em letras brancas”. Em estatuto aprovado no começo de 2011, foi aprovado que o primeiro uniforme do time seria o totalmente branco.
Hinos
Embora o hino oficial do clube seja “Glória ao Santos F.C.”, de autoria de Carlos Henrique Paganetto Roma, a marcha mais popular entre os torcedores santista é a “Leão do Mar”, de José Maugeri Netto e Antônio Maugeri Sobrinho, composta em 1956 para homenagear o time campeão. Atualmente nas arquibancadas os torcedores do alvinegro entoam com frequência o “Glória ao Santos F.C.”, principalmente a frase: “Nascer, viver e no Santos morrer é um orgulho que nem todos podem ter.”

Glória ao Santos F. C. – Carlos Henrique Paganetto Roma
Sou alvinegro da Vila Belmiro
O Santos vive no meu coração
É o motivo de todo o meu riso
De minhas lágrimas e emoção
Sua bandeira no mastro é a história
De um passado e de um presente só de glórias
Nascer, viver e no Santos morrer
É um orgulho que nem todos podem ter
No Santos pratica-se o esporte
Com dignidade e com fervor
Seja qual for sua sorte
De vencido ou vencedor
Com técnica e disciplina
Dando sangue com amor
Pela bandeira que ensina
Luta com fé e com ardor
Leão do Mar – José Maugeri Netto e Antônio Maugeri Sobrinho
Agora quem dá bola é o Santos
O Santos é o novo campeão
Glorioso alvinegro praiano
Campeão absoluto desse ano
Santos, Santos sempre Santos
Dentro ou fora do alçapão
Jogue onde jogar
És o leão do mar
Salve o nosso campeão
O Santos F.C. é o time de futebol que mais marcou gols até 14 de abril de 2012: 11.973. A seguir, entre fatos e curiosidades, o colunista José Roberto Torero conta o centenário do Santos como você nunca viu antes. Nunca mesmo.
1912
No dia 14 de abril, o Titanic afunda e o Santos Foot Ball Club é fundado
1913
Já com camisas com listras pretas e brancas, vem o primeiro título, o Campeonato Santista. Seis jogos e seis vitórias
1914
Neste ano o clube disputou somente amistosos. Foram sete jogos e nenhuma derrota
1915
O Santos é campeão santista com um ataque classe A: Adolfo Millon, Anacleto Ferramenta, Ari Patuska, Agostinho Marba e Arnaldo Silveira
1917
O Santos passa a aceitar mulheres como sócias. E a primeira chama-se Amélia, um bom nome para uma torcedora
1918
Morre um dos fundadores do Santos e a assembleia propõe 15 minutos de silêncio. O presidente barganha e passa-se de 15 para um. Daí nasceu o costume do minuto de silêncio. Que hoje dura uns dez segundos
1919
O Santos cede três jogadores para a seleção brasileira, que é campeã pela primeira vez da Copa América. Os alvinegros que vestiram a amarelinha (que na época era branquinha) foram: Millon, Haroldo e Arnaldo Silveira
1920
O ponta Edgar Marques sentiu-se mal após o almoço e Araken Patuska foi chamado às pressas para compor o time. O jogo contra o Paulista de Jundiaí terminou empatado em 5 a 5 e ele fez quatro gols. Araken tinha 15 anos
1921
Arnaldo Silveira, que fez o primeiro gol da história oficial do time, parou de jogar. Apelidado de Miúdo, ele fez 66 gols com a camisa santista
1922
Acontece a primeira venda antecipada de ingressos da história do time em alguns cafés da cidade
1923
O Santos tem um goleiro estrangeiro. Mas ele não era argentino como Cejas ou uruguaio como Rodolfo Rodríguez. Seu nome era Agne Blokeuns e ele era sueco
1924
Bem antes dos tempos de Getúlio Vargas, o Santos instituiu o 13º salário para todos os seus empregados
1925
O técnico Urbano Caldeira faz treinos curiosos. Num deles, os jogadores formam um círculo em volta de um barril e tentam derrubá-lo com a bola
1926
O clube compra uma moderna máquina inglesa de cortar grama. Houve até discursos para recebê-la. Só os carneiros, que faziam as vezes de jardineiros, não gostaram da novidade
1927
Omar, Camarão, Feitiço, Araken e Evangelista formam o primeiro ataque a marcar cem gols num Campeonato Paulista
1928
Neste ano foram fabricados os cigarros Santos F.C. Por sorte, o produto virou fumaça
1929
Dias antes de o Santos chegar ao Rio de Janeiro, o jornal carioca “Crítica” publicou este anúncio: “O jogador Feitiço, desejando contrair matrimônio, recebe cartas endereçadas para esta Redação.” Era piada, mas 731 candidatas escreveram para o diário fluminense
1930
O Santos faz alguns jogos na Argentina. No seu ataque estava Arthur Friedenreich, maior artilheiro da era amadora, já com 38 anos
1931
Pela primeira vez o time faz concentração antes de um jogo. Não dá muito certo. 5 a 2 para o Corinthians
1932
Por conta da Revolução Constitucionalista, a diretoria santista pensa em doar todos os troféus do clube para a Campanha do Ouro em Prol da Vitória. Urbano Caldeira se opõe e o clube acaba doando apenas dinheiro
1933
Acontece o primeiro jogo do profissionalismo no Brasil: o São Paulo ganha do Santos por 5 a 1 em plena Vila Belmiro, causando saudades do amadorismo
1934
Aos 30 anos de idade, Athiê se despede do futebol. Teria carreira mais longa como presidente do clube, onde ficou de 1945 a 1971
1935
Finalmente o primeiro título paulista. O jogo decisivo foi um 2 a 0 contra o Corinthians. Os desbravadores foram: Ciro; Neves e Agostinho; Marteletti, Ferreira e Jango; Saci, Mário Pereira, Raul, Araken e Junqueirinha
1936
O apelido de Amélia foi dado ao robusto atleta gaúcho Ademar de Oliveira. O motivo da alcunha era simples: ele jogava bem em qualquer posição e jamais reclamava das mudanças. Amélia era um coringa de verdade
1937
Conquista o Torneio Início, ao vencer os rivais Corinthians, Estudantes e Palestra Itália. Os jogos foram em São Paulo e o Santos mandou um time reserva
1938
O Santos deste ano não fez o menor sucesso, mas tinha uma equipe com nomes curiosos, como o romântico Lovecchio, o ecológico Figueira, o imodesto Bompeixe, o heroico Tom Mix, o dicionárico Aurélio e o folclórico Saci
1939
Numa partida contra o Ypiranga, o destaque foi Incêndio, zagueiro do time paulistano. Ele fez um pênalti e, inconformado com a marcação, agrediu o juiz. Depois se recusou a sair de campo e começou uma briga generalizada. A partida só recomeçou depois da substituição do árbitro. O pênalti foi batido e o Santos venceu a partida
1940
Pela primeira vez o Santos joga no Pacaembu. Empate com o SPR (atual Nacional) por 4 a 4
1941
Ano de estreia de Antoninho, jogador tão inteligente que foi apelidado de Arquiteto da Bola. Um talento solitário naquele discreto Santos dos anos 40
1942
O time fica em sexto lugar no Paulista
1943
O time fica em sexto lugar no Paulista
1944
O time fica em sexto lugar no Paulista
1945
O time fica em sexto lugar no Paulista
1946
O time melhora e fica em quarto lugar no Paulista!
1947
A alegria dura pouco. O time volta a ficar em sexto lugar no Paulista
1948
Odair, o Titica, fez uma partida espetacular contra o Comercial. Ele abriu o placar, mas o Comercial empatou. Titica fez o segundo, mas o Comercial empatou. Titica fez o terceiro, mas o Comercial empatou. Titica fez o quarto, mas o Comercial empatou. Então Titica fez o quinto e o juiz encerrou o jogo
1949
O time ganhou a Taça Cidade de São Paulo. Mas o troféu carregava uma maldição: quem o vencia não ganhava o Paulista. Infelizmente a maldição também deu certo naquele ano.
1950
Um ano tão obscuro que o fato mais memorável foi a dispensa de Apaga a Luz, um jogador nada brilhante
1951
Pela primeira vez o Santos ganha um torneio fora do Estado. Foi o Quadrangular de Belo Horizonte, disputado contra os três grandes de Minas. O time venceu seus três jogos
1952
Um ano sem nenhuma conquista e com algumas derrotas vergonhosas, como a sofrida para o modesto Cambarense, que tinha como destaque o trio Limonada, Zé Pelanca e Pé de Chumbo
1953
Como havia uma ameaça de apagão (coisas do passado), estavam proibidos os jogos noturnos. Mas o Santos, utilizando o gerador de um navio mercante, disputou um clássico com o São Paulo no dia 10 de julho. O resultado foi um opaco 0 a 0
1954
Lula, um chofer de táxi que treinava as categorias de base, assume o time principal. Até hoje é o técnico mais vitorioso de todos os tempos
1955
Depois de 20 anos de jejum, eis que vem o segundo Paulista. O gol decisivo foi de Pepe, um balaço a sete minutos do final
1956
Um garoto de 15 anos estreia no time. Como corre muito, os jogadores o apelidam de Gasolina. Mas ficará mais pelo apelido de criança: Pelé
1957
É composto o hino oficial do Santos, que começa assim: “Sou alvinegro da Vila Belmiro, o Santos vive no meu coração. É o motivo de todo o meu riso, de minhas lágrimas e emoção”
1958
O 7 a 6 sobre o Palmeiras talvez tenha sido o maior jogo de todos os tempos. Segundo a imprensa da época, cinco pessoas morreram de ataque cardíaco ouvindo a partida pelo rádio
1959
Começam as excursões. O Santos ganha o Tereza Herrera, o Pentagonal do México, a Taça Mario Echandi (na Costa Rica) e o Torneio de Valência
1960
Um ano típico daquela década: o Santos vence o Torneio Cidade de Paris, o Troféu Giallorosso, em Roma, e o Paulista
1961
O primeiro Brasileiro a gente nunca esquece. A final foi contra o Bahia. Em Salvador, 1 a 1. Na Vila, 5 a 1
1962
O ano do cinquentenário foi perfeito. O clube ganhou o Paulista, o Brasileiro, a Libertadores e o Mundial: 5 a 2 sobre o Benfica de Eusébio
1963
Outro ano inesquecível. O time ganhou o Rio-São Paulo, o tri Brasileiro, o bi da Libertadores e o bi mundial. Na Vila Belmiro, raios caem duas vezes no mesmo lugar
1964
O Santos vence o Botafogo de Ribeirão Preto por 11 a 0, e Pelé marca nada menos que oito gols.
1965
O time faz tanto sucesso que novos Santos vão surgindo. Naquele ano havia 51 no Brasil, 17 na América do Sul, 11 na América Central, 5 no México e 1 na África
1966
Pela primeira vez, desde 1957, Pelé não é artilheiro do Paulista. Mas o artilheiro foi do Santos: Toninho Guerreiro com 24 gols
1967
Foi preciso um jogo extra contra o São Paulo para decidir o Estadual. Resultado: 2 a 1 para o Santos, com gols de Toninho Guerreiro e de Jonas Eduardo Américo, vulgo Edu
1968
Sete novas taças para a sala de troféus: a do Campeonato Paulista, a do Torneio Amazônia, a do Octogonal do Chile, a do Pentagonal de Buenos Aires, a do Campeonato Brasileiro (pela sexta vez), a da Recopa Sul-Americana e a da Recopa Mundial
1969
O Santos vence o Paulista (pela 12ª vez) e Pelé, mesmo trabalhando como ator numa novela da Tupi, volta a ser o artilheiro do Estadual
1970
Gilmar, Zito, Pepe, Dorval e Mengálvio já se aposentaram. As viagens continuam, mas as conquistas rareiam e o time ganha apenas o Hexagonal do Chile
1971
Um único e modesto troféu, o do Triangular de Kingston, que tinha o Chelsea (na época um clube bem modesto) e a seleção da Jamaica
1972
As contas ficam no vermelho e o Santos vende o Parque Balneário, que tinha mais de 200 apartamentos, todos com vista para o mar
1973
1 + 1= 3. Armando Marques erra nas contas da disputa de pênaltis e o Santos tem de dividir o Paulista com a Portuguesa
1974
Depois de mais de mil jogos e mil gols, Pelé se despede do Santos numa partida contra a Ponte Preta. O desconhecido Gilson entrou em seu lugar. Era o fim de uma era
1975
No Brasileiro, a pior colocação de todos os tempos: 23º lugar
1976
No Paulista, a pior colocação de todos os tempos: 13º lugar
1977
Dois títulos para tirar o pó da sala de troféus: o Hexagonal do Chile (pela quarta vez) e o Triangular de León, no México
1978
O time dos jovens Pita, Nilton Batata, Juary e João Paulo ganha o Paulista
1979
Juary é, pelo terceiro ano consecutivo, o artilheiro da equipe na temporada. É o primeiro jogador a conseguir tal façanha depois da era Pelé
1980
Clodoaldo, o da Copa-1970 e sétimo jogador que mais vestiu a camisa do clube, deixa o Santos. Ainda jogaria mais um ano pelo Nacional de Manaus
1981
Num ano sem grandes vitórias, a maior glória foi vencer o Milan em pleno estádio San Siro. 2 a 1. Gols de Elói
1982
Um dos piores anos da história do clube. Em 76 partidas, apenas 27 vitórias
1983
O chute do jogador do Palmeiras ia para fora, mas a bola bateu no juiz José de Assis Aragão, que marcou um golaço. O Santos, que vencia por 2 a 1, ficou no empate. Tem ano em que nada dá certo
1984
Feios, sujos e malvados. Com um time de jogadores experientes, como Rodolfo Rodríguez, Lino, Humberto, Paulo Isidoro, Zé Sérgio e Serginho Chulapa, o Santos vence o Corinthians por 1 a 0, no Morumbi, e volta a ser campeão paulista
1985
A pedido da TV Record, que fazia uma programação especial para o Dia da Mentira, um dirigente santista anunciou a contratação de Zico. A torcida ficou enfurecida quando percebeu a brincadeira
1986
O Santos vence o primeiro turno do Campeonato Paulista, mas nas semifinais perde para a Inter de Limeira, que seria a campeã
1987
A glória do ano foi ganhar o triangular Cidade de Marselha, contra Olympique e Hamburgo. O time da época era: Rodolfo Rodríguez; Ijuí, Nildo, Toninho Carlos e Claudinho; Cesar Sampaio, De León, Osvaldo e Mendonça; Luís Carlos e Arizinho
1988
Sócrates é contratado e ajuda a encerrar o jejum de quatro anos sem vitórias sobre o Corinthians
1989
Juary, o filhote de sagui, volta ao time. Não é mais ágil como antigamente, mas marca alguns gols e chega aos 101
1990
Na decisão da Supercopa Sul-Americana, entre Santos e Nacional do Uruguai, realizada em Taipei, o árbitro expulsou os 22 jogadores após uma briga generalizada. Decepcionados diante da pancadaria, os chineses foram às bilheterias pedir o dinheiro dos ingressos de volta
1991
O Santos fica em oitavo no Brasileiro, mas faz o artilheiro do campeonato: Paulinho McLaren
1992
O técnico Rubens Minelli, tricampeão brasileiro na década de 1970, assume o comando da equipe. Mas só dura seis jogos no cargo (duas vitórias, duas derrotas e dois empates)
1993
A glória do ano foi ter Guga como artilheiro do Brasileiro
1994
O Santos ganha a taça Rio-São Paulo-Minas com um elenco pouco memorável: Róbson; Sérgio Santos, Marcelo Fernandes, Maurício Copertino e Piá; Cerezo, Zé Renato e Ranielli; Neizinho, Demétrius e Luciano
1995
É o ano do vice no Brasileiro, quando Giovanni pintou o cabelo de vermelho e o juiz Márcio Rezende de Freitas deixou o cabelo dos santistas brancos na final contra o Botafogo
1996
O Santos usou calções quadriculados e estrelados. A ideia não vingou e, graças aos céus, foi esquecida
1997
O time ganha o Rio-São Paulo sobre o Flamengo de Romário e companhia. O gol do título foi de Juari. Não aquele, com y, mas outro, com i
1998
Jorginho, hoje técnico da Portuguesa, marca o gol de número 10 mil do Santos
1999
O time tem dois japoneses, Tomo Sugawara e Masakyio Maezono, o que quer dizer muita coisa
2000
Contratação do lateral esquerdo Léo, jogador mais vitorioso no período pós-Pelé: Campeonato Brasileiro (2002 e 2004), Libertadores (2011), Paulista (2010 e 2011) e Copa do Brasil (2010)
2001
O Santos é eleito pela Fifa como o melhor time das Américas no século 20
2002
Sem dinheiro, o clube se vê obrigado a usar jovens desconhecidos como Alex, Paulo Almeida, Elano, Renato, Diego e Robinho. No jogo final, pedaladas de Robinho e vitória de 3 a 2. Era o fim do jejum de 18 anos sem um grande título
2003
O time perde a final da Libertadores para o Boca Juniors e os torcedores santistas têm que ouvir o infame trocadilho: “É, o Peixe morreu na praia...”
2004
O Santos ganha seu primeiro Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos. A conquista veio na última partida: 2 a 1 sobre o Vasco. Gols de Ricardinho e Elano
2005
Ano difícil. Com a venda dos bons jogadores, o Santos pode entrar em campo com: Henao, Ávalos, Halisson e Domingos; Bóvio, Zé Elias, Rogério, Rossini e Flávio; Fábio Baiano e William
2006
Depois de 22 anos, o time volta a conquistar um Campeonato Paulista. O time, capitaneado pelo meia Zé Roberto, teve a defesa menos vazada e foi a única equipe a anotar gols em todos os jogos
2007
Com gols dos já esquecidos Adaílton e Moraes, o Santos vence o São Caetano do treinador Dorival Jr. por 2 a 0 e é bicampeão paulista
2008
No Brasileiro, o Santos escapa do rebaixamento por um mísero ponto. O gol salvador foi marcado por Michael Jackson Quiñonez
2009
Campeão Brasileiro e da Libertadores. No feminino, é claro
2010
O Santos monta um supertime no primeiro semestre e voltam as goleadas dos anos 60. Arouca, Wesley, Ganso, Robinho, André e Neymar enlouquecem zagueiros e conquistam o Paulista e a Copa do Brasil
2011
Depois de quase 50 anos, o Santos ganha novamente um título que só havia conseguido na era Pelé: a Libertadores, além do Paulista. E no futsal, comando por Falcão, vence o Brasileiro da categoria.
2012
No ano do centenário, o sonho é repetir o ano do cinquentenário

Títulos
1913 – Campeão Santista (invicto)
1915 – Bicampeão Santista (invicto)
1928 – Campeão Torneio Início (Apea)
1935 – Campeão Paulista (LPF)
1937 – Campeão do Torneio (LPF)
1948 – Campeão da Taça Cidade de Santos
1948 – Vencedor da Taça das Taças
1949 – Campeão da Taça Cidade de São Paulo
1951 – Torneio Quadrangular de Belo Horizonte (Campeão Invicto)
1952 – Campeão do Torneio (FPF)
1952 – Campeão da Taça Santos
1955 – Campeão Paulista (2º)
1956 – Campeão da Taça Gazeta Esportiva (24 jogos invicto)
1956 – Torneio Internacional da FPF
1956 – Campeão do Torneio de Classificação (17 jogos invicto)
1956 – Bicampeão Paulista (3º)
1958 – Campeão Paulista (4º)
1959 – Troféu Dr. Mário Echandi
1959 – Torneio Pentagonal do México
1959 – Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio/S. Paulo)
1959 – Troféu Tereza Herrera (Espanha)
1959 – Torneio de Valencia (Espanha)
1960 – Troféu de Gialorosso (Itália)
1960 – 4º Torneio de Paris
1960 – Campeão Paulista (5º)
1961 – Torneio da Costa Rica
1961 – Torneio Pentagonal de Guadalajara (México)
1961 – Bicampeão do Torneio Paris
1961 – Torneio Itália/61
1961 – Bicampeão Paulista (6º)
1961 – Campeão Brasileiro (1º) Taça Brasil
1962 – Bicampeão Brasileiro (2º) Taça Brasil
1962 – Campeão da Libertadores
1962 – Tricampeão Paulista (7º)
1962 – Campeão Mundial Interclubes
1963 – Tricampeão Brasileiro (3º) Taça Brasil
1963 – Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio/S. Paulo)
1963 – Bicampeão da Libertadores
1963 – Bicampeão Mundial Interclubes
1964 – Bicampeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio/S. Paulo)
1964 – Campeão Paulista (8º)
1964 – Tetracampeão Brasileiro (4º) Taça Brasil
1965 – Torneio Hexagonal do Chile
1965 – Torneio de Caracas (Venezuela)
1965 – Torneio Quadrangular de Buenos Aires (Argentina)
1965 – Bicampeão Paulista (9º)
1965 – Pentacampeão Brasileiro (5º) Taça Brasil
1966 – Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio/S. Paulo)
1966 – Torneio de Nova York
1967 – Campeão Paulista (10º)
1967 – Torneio Triangular de Florença
1967 – Torneio Rubens Ulhoa Cintra
1968 – Torneio Amazônia
1968 – Torneio Octogonal Chile (Nicolau Moran)
1968 – Bicampeão Paulista (11º)
1968 – Torneio Pentagonal de Buenos Aires
1968 – Hexacampeão brasileiro – Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1ª Taça de Prata)
1968 – Recopa – Sul-Americano Interclubes
1968 – Recopa – Mundial Interclubes
1969 – Tricampeão Paulista (12º)
1969 – Torneio de Cuiabá
1970 – Torneio Hexagonal do Chile
1970 – Taça Cidade de São Paulo
1971 – Torneio de kingston – Jamaica – Triangular
1972 – Fita Azul do Futebol Brasileiro (17 partidas invicto)
1973 – Campeão Paulista (13º)
1975 – Torneio Governador do Estado – Taça Laudo Natel
1975 – Torneio Governador da Bahia (Roberto Santos)
1977 – Torneio Hexagonal do Chile
1977 – Torneio Triangular do México (Leon)
1978 – Campeão Paulista (14º)
1983 – Torneio Vencedores da América (Uruguai)
1983 – Torneio Cidade de Barcelona (Espanha)
1984 – Torneio Início
1984 – Taça dos Invictos da Gazeta Esportiva Nova Série (15 partidas invicto)
1984 – Campeão Paulista (15º)
1985 – Torneio Copa Kirim (Japão)
1987 – Torneio Cidade de Marseille – 1ª edição (França)
1990 – Super Copa Americana (China)
1994 – Copa Denner
1996 – Torneio de Verão (Santos)
1997 – Torneio Rio/S. Paulo
1998 – Copa Conmebol
2002 – Heptacampeão brasileiro-Campeonato Brasileiro (1º)
2004 – Copa Federação Paulista de Futebol (Santos B)
2004 – Octacampeão brasileiro- Campeonato Brasileiro (2º)
2006 – Campeão Paulista (16º)
2007 – Bicampeão Paulista (17º)
2010 – Campeão Paulista (18º)
2010 – Campeão da Copa do Brasil (1º – nono título nacional)
2011 – Campeão Paulista (19º)
2011 – Tricampeão da Libertadores

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