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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, agosto 18, 2013

A águia como símbolo do Poder. Passou por Roma , Hitler, Mussollni... agora está em Washington. Passando..

Todo o Poder Emana do Povo?

A águia como símbolo do Poder.  Passou por Roma , Hitler, Mussollni...
     agora está em Washington. Passando..
Acompanho pelo noticiário a querela entre o Ministro Barbosa e o Ministro Lewandovski.
Poderosos entre os demais.
Salomão em sua sabedoria diz que não devemos nos meter na discussão dos outros. Mas essa é uma discussão que afeta todo o Sistema de Justiça do País.
Ainda assim volto-me sim  para a reflexão sobre o Poder.
Todo Poder Humano é passageiro.
O mais terrível é que todos nós, humanos, sabemos disto e continuamos procurando o Poder como uma fonte eterna.
Tudo passa. Alguns viram História, mas passam como também passam os que não serão lembrados pela História. E muitos viram história vergonhosa e motivo de chacota pelos séculos à fora.
Vivemos no ego e só no ego. Alguns, ou muitos, desesperadamente tentam mortificar a carne para repreender o egoísmo.
Uma luta cansativa, contínua, em que não se pode sequer distrair-se.
O Poder não pertence a ninguém, ele é mediúnico,  ele atravessa as pessoas que tentam em vão mantê-lo.
Presidentes, reis, juízes togados, cientistas, místicos, heróis populares, os ídolos pops, as vedetes da tv...tudo e todos passam... serão pó em poucos anos.
Você mesmo que me lê: em três gerações seus descendentes não lembrarão mais de ti, nem saberão quem fui eu, ou você.
Humildade e aceitação do mistério da Vida é o que me torna poderoso, porque é o que posso hoje.
E ainda assim passarei.
Passo relembrando o grande poeta Mario Quintana:
"Todos estes que aí estão Atravancando o meu caminho, Eles passarão. Eu passarinho!"
Bemvindo Sequeira
*comtextolivre

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