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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 03, 2013

Illinois assina lei que autoriza uso de maconha medicinal


A medida faz parte de um programa piloto de quatro anos para os pacientes que sofrem com 30 sérias doenças

Chicago – O governador de Illinois, Pat Quinn assinou nesta quinta-feira o projeto de lei que legaliza o uso da maconha com fins medicinais. A ratificação de lei aconteceu durante uma cerimônia na Universidade de Chicago. Ainda assim, vai demorar alguns meses para que a maconha medicinal esteja disponível para compra.
A medida faz parte de um programa piloto de quatro anos para os pacientes que sofrem com 30 sérias doenças. Quinn disse que ouviu histórias interessantes de pacientes com doenças graves, que afirmam que a maconha lhes dá uma sensação de alívio.O governador afirmou que a nova lei terá um dos padrões mais exigentes e rígidos do país. Dezenove outros estados e Washington já permitem o uso da maconha medicinal. Fonte: Associated Press. 

Illinois legalizará hoje maconha para fins medicinais

O governador de Illinois (Estados Unidos), Pat Quinn, promulgará nesta quinta-feira a legalização do uso de maconha com fins medicinais, tornando o Estado o vigésimo do país a ter leis similares.A ratificação de lei ocorrerá em cerimônia na Universidade de Chicago e os partidários do programa, que terá caráter de teste durante quatro anos, afirmam que ele será o mais rígido entre os do mesmo tipo nos Estados Unidos.”Nossa meta sempre foi proporcionar uma melhora da qualidade de vida de algumas pessoas muito doentes em Illinois”, declarou o incentivador da lei, o representante democrata Lou Lang, de Skokie, entrevistado pelo jornal “The Chicago Tribune”. “Quando o governador sancionar a lei será um sinal de que o Estado de Illinois ainda tem uma boa cota de compaixão e preocupação com aqueles entre nós que, sob os cuidados médicos, desejam experimentar um novo tipo de tratamento”.
De acordo com a lei, que entrará em vigor no dia 1º de janeiro, uma pessoa pode receber, sob receita médica, até 70 gramas de maconha para um período de duas semanas.
Além disso, o médico que fornecer a receita deverá ter tido uma relação médica anterior e contínua com o paciente. O profissional da saúde também deverá ter determinado que o paciente sofre alguma enfermidade grave ou crônica.
Durante o debate, alguns legisladores expressaram seu medo de que o tratamento com maconha abra portas para um uso de drogas mais perigoso.
A lei permitirá a operação de até 22 cultivadores de maconha, e tanto usuários como produtores e vendedores deverão se submeter a uma verificação de antecedentes criminais.
*coletivodar.org

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