do Blog do Rovai
28/06/2007
O leitor que acompanha este blog sabe dos meus questionamentos a
respeito de como se deu o processo de não-renovação da concessão da
RCTV. Acho que o governo Chávez comete o mesmo erro de outros governos
ao agir apenas politicamente no trato do direito à comunicação. Mas
quando digo faz exatamente como outros governos, não é só força de
expressão.
Acabo de ler uma entrevista do presidente do Colégio de Periodistas do
Chile, Ernesto Carmona, em que ele diz que nos EUA a FCC, sigla da
Administração Federal das Comunicações, órgão regulador que existe desde
1934, já teria fechado 141 emissoras de televisão. Entre elas 101 que
não tiveram suas concessões renovadas e outras 39 que foram cassadas
antes mesmo do vencimento da licença. Nesta conta, falta uma. Vamos
seguir com essa apuração.
Também diz na mesma entrevista que foram revogadas recentemente
concessões de emissoras no Perú, Canadá e no Reino Unido. E lembra que
nesses casos a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) não protestou.
Para o meu gosto, o fato de os EUA terem feito isso não significa que
outros países devem fazer também. Mas isso revela como essa defesa da
liberdade de imprensa só seve para a Venezuela e governos não-alinhados
ao modelo neoliberal. É mero discurso de ocasião para certas pessoas.
Não tem nada a ver com liberdade nem com imprensa. Algo que para este
blogueiro precisam ser defendidas de forma radical. E que por esse mesmo
motivo o faz não concordar com o modelo Chávez de comunicação. Não
gosto de estatização em comunicação. Acho que basta uma TV para fazer
esse papel. Prefiro que empresários, movimentos sociais, ONGs etc, façam
TV em vez de governos. Mas essa é uma outra história.
Vou tentar entrevistar esse Carmona ainda hoje. E vou buscar mais informações a respeito deste assunto.
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