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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, agosto 13, 2013

Parlamentares (bonzinhos) intercedem ao ministro da Justiça por pastor preso por estupro


Daniela Novais
Brasil Em Pauta

pastor Marcos Pereira executando
a cura gay

Liderados pelo deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), um grupo de dezessete deputados, estiveram reunidos com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo na semana passada, para defender o pastor Marcos Pereira da Silva, preso há três meses sob a acusação de estuprar fieis no Rio de Janeiro. O pastor também é investigado por outros crimes como associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e homicídio. As informações são do colunista Lauro Dias.

Na reunião, os deputados criticaram a polícia fluminense por falta de isenção e pediram a federalização das investigações. O pedido não foi atendido.

Além de Feliciano, estiveram com Cardozo os deputados Pastor Eurico (PSB-PE), Francisco Floriano (PR-RJ, Adrian Mussi (PMDB-RJ), João Campos (PSDB-GO), Alexandre Santos (PMDB-RJ), Washington Reis (PMDB-RJ), Jair Bolsonaro (PP-RJ), Roberto Lucena (PV-SP), José Olimpio (PP-RJ), Leonardo Quintão (PMDB-MG), Zequinha Marinho (PSC-PA), Eduardo da Fonte (PP-PE), Costa Ferreira (PSC-MA), Anthony Garotinho (PP-RJ), Fernando Jordão (PMDB-RJ), Arolde de Oliveira (PSD-RJ) e Aureo Lídio Moreira Ribeiro (PRTB-RJ).

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