Blog do Cadu Amaral
E as propinas da
empresa de engenharia francesa Alstom – claro FHC adora a França –
chegaram à reeleição de Fernando “esqueçam o que eu escrevi” Henrique
Cardoso. Além de compra de votos no Congresso para
apoiar sua permanência no Palácio do Planalto, o PSDB montou um esquema
de caixa 2 internacional. E com planilhas registrando tudo. Esses
tucanos do bico de pau...
Em 2000, a Folha de S. Paulo publicou
reportagem sobre “doações não registradas” para a campanha eleitoral de
1998. Segundo a reportagem, R$ 10,120 milhões deixaram de ser
contabilizados. Nos documentos que afirmam ter tido acesso, um real em
cada cinco eram em caixa 2 ou como no texto, “contabilidade paralela”.
Na planilha dessa
“contabilidade paralela” constam os nomes de Andrea Matarazzo e Eduardo
Jorge Caldas Pereira, tucano do bico finíssimo e da mais alta plumagem. A
campanha tucana ainda teria recebido R$ milhões após a eleição, o que é
ilegal.
Junte isso à Lista de Furnas,
que desviou aproximadamente R$ 40 milhões de reais – vale lembrar que
Gilmar Mendes, na época membro da Advocacia Geral da União (AGU),
recebeu R$ 185 mil. Pegue uma calculadora, faça as devidas correções
monetárias e se ela tiver zeros suficientes, espalhe quanto o PSDB de
FHC, Serra e Aécio desviaram para se manter no poder.
Veja e Época
É simplesmente
lamentável, apesar de não ser uma surpresa, a postura de Época e da
“coisa feita em papel couché” Veja. A Globo, não importa se falada,
televisada ou impressa, será sempre a Globo. Arma golpes – como sofreu
Brizola em 1982 – e adora um xelelismo e “massas cheirosas”. Como sua
“colega” paulista a Folha de S. Paulo.
Veja deveria ser disciplina nos cursos de Comunicação Brasil afora: como não fazer jornalismo, Veja de cabo a rabo.
Uma lança uma
denúncia para desviar o foco do esquema dos trens e metrôs de São Paulo
sob o comando das altas plumas tucanas que foi desmentido em 24 horas. A
outra passa ao largo do tema e publica, sabem-se lá quantas páginas,
sobre o assunto sem falar do PSDB e do Serra. Serra, aliás, que é o
queridinho do Reinaldo Azevedo, que (deve ser) é o queridinho dos
Civita. Para ficar tudo no clima dos ursinhos carinhosos, Veja não fala
do Serra para que Serra não fique magoado com Reinaldo e esse não fique
com Veja.
Ah, o amor... Lindo não é?
Folha e Estadão
Apesar de também
terem sua predileção pelas “massas cheirosas”, plumas e bicos, Folha e
Estadão noticiam o esquema dos trens. Vale lembrar que muito tempo após a
revista Istoé publicar e muitos anos depois de CartaCapital levantar
essa bola. Parecem que cansaram a incapacidade do PSDB em se apresentar
como alternativa ao PT.
Noticiam todo o
esquema, mas fingem que nunca ajudaram a sustentar politicamente os
governos tucanos em São Paulo. É um “cansei” às avessas. Será?
As últimas
pesquisas do Ibope ajudam nesse sentimento de frustração coletiva da
“grande imprensa”. Porém não se pode pedir ao escorpião que ele seja
outra coisa que não um escorpião. Logo suas baterias se voltam contra a
esquerda e o governo federal.
Quanto mais se mexe
em financiamento de campanha, mais se encontra problemas de caixa 2, ou
como a educada Folha tratou o caso do PSDB, contabilidade paralela. Se
cortar essa relação pela raiz, sempre teremos casos assim. Não adianta, a
corrupção é da natureza do capitalismo, e na disputa pelos espaços de
poder, ele permite valer tudo. A única moral do capitalista é o lucro,
sob qualquer que seja a ótica. Sempre é bom lembrar-se do escorpião.
*amoralnato
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