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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, julho 21, 2015

Bloqueo contra Cuba aisló a EEUU en Latinoamérica, afirma Chomsky

Noam Chomsky.
Noam Chomsky.
Estados Unidos se vio tan aislado en América Latina por su bloqueo contra Cuba que esa fue una de las decisiones que hoy propiciaron la reapertura de embajadas entre ambos países, afirmó Noam Chomsky.
En entrevista publicada por el diario mexicano La Jornada, el intelectual estadounidense subrayó que en su política anticubana de más de media década Washington se quedó aislado en su propio “trapatio”.
Dijo que desde hace décadas las encuestas en la población estadounidense indicaban un deseo de cambiar la política hacia el vecino caribeño.
Refirió que también sectores mayores del capital del país norteño han estado a favor de la normalización de relaciones, entre ellos farmacéutico, energía, agroindustria, entre otros.
Calificó de doctrina de la mafia la que ha predominado en los círculos de poder y en los documentos oficiales contra la Revolución cubana.
Y lo definió así: “El desafío exitoso cubano a la política exterior estadounidense, que surge de la Doctrina Monroe, no puede ser tolerado”.
Señaló que esa estrategia de bloqueo y agresión encontró un gran obstáculo en la Cumbre de las Américas celebrada en Colombia, en la cual Washington quedó aislado ante el clamor latinoamericano y caribeño.
Chomsky opinó que incluso pudo ser posible que Estados Unidos quedara excluido de la Cumbre de las Américas en Panamá, lo que dio un impulso a las fuerzas que dentro de la administración de Barack Obama apostaban por la normalización de relaciones con Cuba.
Ya que las políticas de terror y estrangulamiento económico habían fracasado, Estados Unidos tendría que intentar emplear otros medios, concluyó el conocido lingüista e intelectual estadounidense.
(Con información de Prensa Latina)
*http://www.cubadebate.cu/noticias/2015/07/20/bloqueo-contra-cuba-aislo-a-eeuu-en-latinoamerica-afirma-chomsky/#.Va23f_77tB9
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