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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, julho 21, 2015

Haddad é convidado para seminário no Vaticano e encontrará com o Papa



Prefeito de São Paulo foi convidado para seminário nos dias 21 e 22 de julho sobre escravidão moderna e mudanças climáticas. Além de Haddad, Eduardo Suplicy também recebeu destaque internacional nesta semana

Das Agências

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi convidado pelo Vaticano para um seminário que discutirá o comprometimento dos municípios com a escravidão moderna e mudanças climáticas. O evento acontecerá nos dias 21 e 22 de julho, na cidade romana

Na ocasião, o prefeito de São Paulo se encontrará com o Papa Francisco. Haddad será acompanhado dos prefeitos de Nova York, Roma, Rio, Turim, Oslo, Terrã, Estocolmo, Paris, Nova Orleans, Varsóvia, Cochim (Índia), Bristol (Reino Unido), Seul, Bogotá e o governador da Califórnia.

O convite da Santa Sé para alguns prefeitos do mundo visa discutir os temas das cidades e das desigualdades. “É um seminário muito importante para nós prefeitos que a Santa Fé esteja sensibilizada com a questão urbana”, destaca Haddad.

Para o prefeito, o Papa Francisco demonstra, em discursos, preocupação com temas como vida urbana, qualidade de vida, sustentabilidade, e equalização das oportunidades.

Haddad viajará para Roma no domingo (19) e voltará ao Brasil terça-feira (23). Neste período, será substituído pela vice-prefeita Nádia Campeão.

Doutor Honoris Causa 

 Além de Haddad, outro petista também recebeu destaque internacional nesta semana. A Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, vai conceder o Título de Doutor Honoris Causa ao secretário de Direitos Humanos e Cidadania da prefeitura de São Paulo, Eduardo Suplicy.

O título será conferido devido à “alta postura moral e ética” do ex-senador pelo PT e também pela sua contribuição para formular o programa Renda Básica de Cidadania.

A lei, de autoria dele, determina transferência de dinheiro para garantir que os cidadãos atendam necessidades básicas, como alimentação, saúde e educação.

A cerimônia de reconhecimento vai ser realizada no dia 2 de fevereiro de 2016, na comemoração do aniversário de 500 anos da obra Utopia, de Thomas More.

Suplicy abriu mão do salário de secretário neste ano, uma vez que já recebe aposentadoria pelos 24 anos de Senado. O dinheiro de sua remuneração é doado para implementar o programa social.


Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/07/haddad-e-convidado-para-seminario-no.html#ixzz3gUYP9SKz

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